O governador Ronaldo Caiado (DEM) revelou nesta quarta-feira em sua rede social que o Estado concluiu hoje o pagamento do salário de dezembro dos servidores públicos. “É com muita alegria e até um certo alívio que informo a sociedade goiana que na data de hoje estamos quitando o salário de dezembro! Foi um processo difícil, visto que tivemos que assumir o calote dado pela gestão passada, numa situação de calamidade financeira. Mas conseguimos!”, escreveu Caiado.

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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>É com muita alegria e até um certo alívio que informo a sociedade goiana que na data de hoje estamos quitando o salário de dezembro! Foi um processo difícil, visto que tivemos que assumir o calote dado pela gestão passada, numa situação de calamidade financeira. Mas conseguimos!</p>&mdash; Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) <a href=”https://twitter.com/ronaldocaiado/status/1166700883498979328?ref_src=twsrc%5Etfw”>August 28, 2019</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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Receberam hoje 6.087 servidores, 3,5% da folha. São servidores com salários acima de R$ 7,42 mil, à exceção do pessoal das Secretarias de Educação, Segurança Pública e Detran, que já havia recebido. A folha liberada hoje somou R$ 100,7 milhões. A folha de dezembro paga por Caiado nestes oito meses de governo somou R$ 825,511 milhões líquidos (neste valor não estão os encargos o que eleva a folha para aproximadamente R$ 1,3 bilhão) para 171 mil servidores: 105.299 ativos e 65.824 inativos.

Caiado recebeu o governo de José Éliton (PSDB), em 1º de janeiro, com atraso na folha salarial de dezembro. Éliton deixou pago apenas a folha da Secretaria de Saúde e dos órgãos independentes, o Ministério Publico Estadual, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa e dos Tribunais de Conas do Estado e dos Municípios. Em janeiro, Caiado decidiu antecipar o pagamento da folha de janeiro, que venceria apenas em 5 de fevereiro, em vez de pagar dezembro, decisão que gerou muita insatisfação e críticas de servidores.

Em abril, o governo informou que parcelaria a folha de dezembro em quatro vezes. A primeira parcela para abril, a segunda em maio, a terceira para junho e a última em julho. Os professores discordaram e entraram em greve em 3 de abril. A paralisação durou até o dia 14, quando a categoria decidiu voltar ao trabalho, atendendo a apelo do governador para não prejudicar o ano escolar. Em 26 de março o Estado pagou a primeira parcela de dezembro para o pessoal da educação. 

Novas parcelas foram liberadas em 27 de abril e no final de maio. Com mais dificuldades de caixa, a quarta parcela foi paga apenas em 3 de julho. Em 1º de agosto o governo concluiu o pagamento da folha da Secretaria da Educação. Receberam 2.672 servidores com salários acima de R$ 7 mil, totalizando 96,44% da folha. O restante, então, foi liberado nesta terça-feira.

Em nota, a Secretaria de Economia informou que “só foi possível honrar com o compromisso assumido em fazer o escalonamento em seis etapas e pagar todas elas impreterivelmente, conforme acordado com o funcionalismo público, graças ao esforço de arrecadação e envolvimento de todos os órgãos no corte de despesas.” 

Abaixo a íntegra da nota da Secretaria de Economia:

O governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, informa que, conforme compromisso firmado com os servidores públicos em fevereiro desse ano, finaliza hoje o pagamento do mês de dezembro de 2018 a todos os servidores. Nesta quarta-feira (28/8), foi feito depósito aos bancos no valor de R$ 100,7 milhões referentes  ao pagamento da sexta e última etapa do escalonamento. 

Os 6.087 servidores que receberam hoje correspondem a 3,5% do total da dívida herdada. Ao todo, foram cerca de 170 mil servidores que não receberam dezembro no governo anterior. Além de honrar com o pagamento todos os meses deste ano da folha normal, foi preciso inserir a dívida que foi deixada de dezembro.

Ressalta-se que só foi possível honrar com o compromisso assumido em fazer o escalonamento em seis etapas e pagar todas elas impreterivelmente, conforme acordado com o funcionalismo público, graças ao esforço de arrecadação e envolvimento de todos os órgãos no corte de despesas.