A suspensão de Artur e a lesão de Lino podem tirar o sono dos torcedores atleticanos para o último jogo da Série B, mas só serve para aumentar a confiança de um zagueiro coadjuvante do elenco. E agora, ele quer ser personagem principal de um episódio histórico do Atlético. O zagueiro Paulo Henrique, de 31 anos, é o preferido para começar a partida como titular diante do Santa Cruz, neste sábado, às 16h20, no Serra Dourada, mas mesmo assim, resolveu desabafar.

Sem atuar desde o dia 21 de Maio, Paulo Henrique sempre foi visto como uma quarta ou quinta opção da zaga rubro-negra, e também acabava sendo perseguido pela torcida. Com a chance de participar do acesso rubro-negro para a Série A, o jogador lembra que a muito tempo não tem uma sequencia para mostrar o trabalho e garante que poderia surpreender muita gente, caso fosse mais respeitado no clube.

“Eu passo confiança, sou profissional, eu aposto com qualquer pessoa, é só me dar uma sequencia de quatro jogos e me cobre depois, cobra minha média depois, cobra se eu deixei a desejar para qualquer um. Eu tenho currículo pra falar isso, tenho história, mas ainda não tive essa oportunidade, a última foi só em 2012 com o Adílson (Batista) quando a gente ficou oito jogos invictos. Tenho bagagem para reivindicar aquilo que é meu por direito”

Paulo Henrique chegou ao Atlético em 2006, mas logo em seguida deixou o clube para defender o rival Goiás, passando também pelo Santos. Em 2010, retornou ao Dragão e na temporada que mais se destacou foi a de 2012, onde fez 23 jogos. Quase que um “prata-da-casa”, Paulo Henrique entende que não é valorizado da forma como merecia e entende que precisa fazer mais que outros jogadores da mesma posição para ser lembrado.

“Aqui no Atlético, às vezes, santo de casa não faz milagre, tá acontecendo assim todo ano. Os que chegam tem que jogar pra depois ver se vai dar certo, e aí se não der, chama os da casa para jogar. A única coisa que me deixa chateado no Atlético é não ter tido sequencia, porque você vê jogadores falhando, jogadores sendo questionados, mas eles continuam jogando. Aqui, tudo que eu fizer é normal, mas se outro fizer, vai ser além do normal, eu preciso provar mais que os outros”