Em entrevista concedida ao jornalista Marcelo Durães (YouTube), ouvi pela primeira vez o  presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro se posicionar a respeito da criação da liga de clubes no Brasil. O dirigente revelou que de forma online acompanhou as primeiras reuniões com dirigentes das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro.

Paulo Rogério disse que algumas questões já estão acertadas entre os clubes, como por exemplo, a formatação diretiva da liga. Uma empresa será criada e a gestão não terá participação de dirigentes das agremiações que fazer parte do grupo.

“O primeiro passo já foi dado. Não acredito que ela vai sair em 2022, penso que será em 2023. Começamos a discutir como será feito a empresa, nome, marca, que será o CEO, diretores – e nenhum poderá ser ligado a clube – todos terão que serem do mercado”.

CBF

O mandatário esmeraldino diz que a liga terá que existir com o aval da CBF, uma vez que ela tem mecanismo para minar a iniciativa, como por exemplo ser a responsável pela indicação dos clubes que disputam Libertadores e Sul-Americana.

“Não vejo sem a CBF estar junto. Ela tem as vagas para as competições internacionais. Estamos tentando eleger o próximo presidente da CBF. Temos o nosso candidato e entre as 27 federações estaduais, precisamos de 4 votos para eleger. Se isso acontecer, aí a liga vai sair do papel. Seria Liga cuidando da A, B, C e D – com a CBF com Seleção Brasileira e a Copa do Brasil”. Segundo o presidente alviverde, o candidato é de Minas Gerais e teve aprovação de todos os clubes.

Divisão do Dinheiro

Paulo Rogério Pinheiro revelou que nas reuniões existiram conversais, ainda em caráter inicial, em relação à distribuição de recursos para os clubes. Situação que deverá ser mais justa com a liga. “50% iguais e os outros 50% pela colocação que o clube estiver disputando”, explicou o presidente que ainda destacou que o aumento de receita para um clube com o Goiás poderá ser superior a dez vezes, o que arrecada no momento.

Árbitro

Mudanças também estão prevista para os profissionais do apito: “Hoje o árbitro de futebol é obrigado a ter outro emprego. Na liga será o contrário. Ele estará proibido de ter outro emprego. Vai ser profissional e vai receber da empresa”.

Goiás mais forte

Paulo Rogério disse que é a favor da sede da liga em Brasília. “Queremos ela no meio do Brasil. Para sair de Rio de Janeiro e São Paulo”. Na entrevista o dirigente também destacou que o Verdão será maior quando esse movimento assumir a organização da elite do futebol nacional. “Nós teremos uma arrecadação muito maior. Se formos competentes e capazes, sabendo buscar jogadores no mercado, inclusive internacional. Confio muito nisso”.