Protagonista no jogo-treino do último sábado (25), quando marcou dois gols e deu uma assistência na vitória por 5 a 1 sobre o Brasiliense, o atacante Rafael Moura vai para seu terceiro Campeonato Brasileiro pelo Goiás. Destaque em 2010 e 2019, o jogador de 37 anos também mira crescer na tabela de artilheiros da Série A, que disputará pela 17ª temporada. Ao mesmo tempo, também deve ajudar o clube a atingir seus objetivos.

Na semana passada, as declarações do goleiro Tadeu e do zagueiro Fábio Sanches sobre o sonho por uma vaga na Copa Libertadores repercutiram bastante. Rafael Moura, por sua vez, “sou mais pé no chão e acho que, primeiro, mesmo fazendo uma boa campanha no ano passado, o Goiás tem que pensar em brigar para não cair”. Na sua visão, o foco é “ir se preparando e fortalecendo ao longo do campeonato, porque é muito longo, não perder jogadores e ter um grupo grande, porque tem lesão, cartão e outros fatores”.

“Claro, faço parte dessa voz que temos que sonhar e pensar grande, mas sempre com o pé no chão e demonstrando essa vontade de disputar uma competição internacional. Tem que ser nessa linha e pegada, com humildade, mas sonhando alto. Como o Sanches e o Tadeu falaram, precisamos pensar grande, mas nunca esquecer que o Goiás inicia o campeonato, pelo seu investimento e por tudo, brigando para não cair. Depois vemos o que podemos conseguir, e tenho certeza que podemos ficar na primeira página da tabela”, ponderou.

Artilheiro do Goiás no último Brasileirão, com nove gols em 23 partidas, Rafael Moura, questionado sobre seus objetivos para esta temporada, ressaltou que “não trabalho muito com metas, trabalho para aproveitar o maior número de oportunidades possíveis e não perder gols, porque o Goiás é um time que cria pouco, então quando a bola chegar para mim tenho que realmente ter frieza e tranquilidade para fazer os gols”.

De qualquer forma, “tenho alguns objetivos pessoas na minha carreira, mas sempre colocando após o grupo e o Goiás. Posso ser o terceiro maior artilheiro do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos nesta edição ainda e me tornar o terceiro ou até o segundo atleta dos times de Goiânia em questão de gols. Quanto maior o número de gols que puder fazer será muito importante para mim, mas, principalmente, para o Goiás, que joga de uma forma defensiva e precisará desse toque final no último lance”.

Para atingir esses objetivos, porém, o centroavante não contará com parceiros importantes na última campanha, a exemplo dos volantes Léo Sena e Yago Felipe e dos atacantes Leandro Barcia e Michael, que seguem na Série A, mas por Atlético Mineiro, Fluminense, Sport e Flamengo, respectivamente. Na sua visão, “algumas peças não foram repostas e outras peças talvez temos muitos jogadores de algumas posições e uma carência em outras”.

“Muitos dos contratados ainda não jogaram com uma sequência grande para podermos ver realmente o nível deles em competição, mas é claro que torcemos para isso, que o resultado final deste ano seja melhor do que o passado. Infelizmente, perdemos esses quatro ou cinco atletas, que também estão em times grandes este ano, e torcemos para que algumas outras peças compensem ou até melhorem o que foi o ano passado, e isso veremos agora, porque começaremos a medir força no Campeonato Brasileiro”, completou.

Uma novidade desta edição é que o Goiás contará com seu rival local, o Atlético Goianiense, como em 2010, quando a equipe esmeraldina acabou rebaixada, enquanto os rubro-negros escaparam na última rodada – o próprio atacante fez parte do elenco esmeraldino, e artilheiro do time na temporada. Para Rafael Moura, “é importante ter dois ou três adversários da mesma cidade, porque cresce a cidade e o estado, e isso é bom para todo mundo, fomenta a economia e o esporte regional”.

“Para nós, jogadores, é gostoso ter um clássico, a comparação, as críticas ou os elogios, e teremos duas semanas vivenciando o clássico. Isso é muito bacana, mas temos que ficar muito atentos a isso: Goiás e Atlético não podem pensar somente em estar na frente de um concorrente ou outro, porque não adianta um estar em 18º, o outro em 17º e ficarmos felizes com isso. Claro que temos que pensar no concorrente regional, mas também em estar na primeira página da tabela e pensar alto”, finalizou.