O Vila Nova parece não ter calmaria nunca. A equipe colorada vive momentos conturbados fora de campo desde o começo da parada da Série B para as Olimpíadas. Dessa vez, a polêmica é com o atacante Frontini, considerado por muitos um dos ídolos recentes do clube.
Foi divulgado na tarde da última terça-feira, dia 16, pela assessoria de imprensa do clube, que o jogador havia pedido rescisão de contrato e não fazia mais parte do elenco vilanovense. A informação, contudo, foi desmentida pelo jogador, que alegou que o presidente Gutemberg Veronez está mentindo e forçando sua saída.
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“Eu recebi a notícia de que eu pedi para sair. Em nenhum momento eu pedi para sair, eu vim treinar hoje e fui impedido. Estou cumprindo meu contrato da melhor maneira possível. Estão forçando uma situação, não sabem mais onde se apegar e estão inventando história. Eu tenho respeito ao clube, tenho contrato e tenho que cumprir, por respeito aos torcedores e por tudo o que eu represento aqui”, declarou o atacante.
Guto, entretanto, alega que Frontini teve uma atitude (não especificou qual) indisciplinar diante do elenco e que, em reunião após o ocorrido, ele teria pedido para sair do Vila, pois tinha propostas de outros times e já não havia mais clima para continuar.
“Na realidade, ontem, o Frontini teve uma atitude indisciplinar perante ao grupo, que vem de encontro às diretrizes do clube. Após isso, nós tivemos uma reunião, na qual o atleta pediu para se desligar, vendo que não tinha clima mais para continuar e que teria propostas do Fortaleza e do Goiânia”, afirmou Guto.
A respeito de problemas dentro do elenco, Frontini voltou a desmentir o presidente do Tigre e revelou que ele está com três meses de salário atrasado, além de não ter recebido o 13º de 2015 e nem as férias.
“Se tivesse algum problema (no vestiário), vocês (imprensa) teriam sabido. Não é possível que esse problema apareceu agora, do nada. Vocês sabem da minha conduta dentro do clube, ele (Guto) está tentando forçar a minha saída e não está sendo aceita. Realmente, o Guto está mentindo, eu estou com três meses de salário atrasado, não recebi 13º, não recebi férias, não recebi dezembro e estou sempre quieto, trabalhando. Uma pessoa que quisesse sair, já teria pedido antes”, declarou o centroavante.
Guto admitiu que o jogador pode ter voltado atrás em sua decisão de sair e ter repensado sobre aceitar ou não as propostas de outros clubes, mas salientou que não pode voltar atrás na rescisão de contrato, já que é uma prática da atual gestão não ficar com jogadores que estão insatisfeitos.
“Ele pediu para sair do clube, nós tomamos as medidas junto à contabilidade. Ele pode ter pensando uma noite e voltado atrás, mas eu não tenho mais como aceitar essa situação, porque não posso trabalhar com jogador que está insatisfeito”, contou.
Frontini lamentou a forma como que o presidente tem conduzido o caso e disse que o melhor a se fazer é sentar e conversar para achar uma saída. “Se ele não tem a intenção de contar comigo, que ele sente comigo e a gente se reúne para achar a melhor maneira, mas não desse jeito, com mentiras. Infelizmente, o Guto está mentindo e ele não pode fazer isso”, ressaltou.
A história segue sem resolução, com as duas partes divergindo em suas versões do fato. O Vila anunciou oficialmente o desligamento de Frontini através de sua assessoria de imprensa, o presidente executivo do clube afirmou que o jogador pediu para sair, mas o atleta desmente tudo e acusa o mandatário colorado de forçar sua saída. Vale lembrar que o contrato de Frontini vai até o final do ano.