Samantha Kelly e o marido, Thiago, são empresários e sempre tiveram receio de assinar um contrato de financiamento de imóveis. No entanto, o casal está entre os milhares de brasileiros que conseguiram adquirir a casa própria durante a pandemia. “Quando achamos a casa que nos agradou tanto na estrutura física quanto no valor foi uma sensação muito gostosa”, disse Samantha.

Conforme estudo divulgado pela Datastore, empresa especializada em pesquisas no setor imobiliário, o ramo se fortaleceu nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, e a intenção de compra para os 12 meses seguintes ficou estável em 57%, o mesmo percentual de novembro e dezembro de 2020. A diferença é que o número de interessados aumentou.

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De acordo com o especialista em Direito Imobiliário, Diego Amaral, a pandemia realçou nas famílias o desejo de um imóvel novo. “As pessoas começaram a perceber que precisavam de mais espaços, mais conforto, mais comodidade. Às vezes, moravam em locais maiores, mas já ultrapassados, em imóveis mais velhos, e buscam uma casa menor, mas muito mais moderna e prática”, afirmou.

Outro fator que auxiliou a tomada de decisão das pessoas em conquistar a casa própria foi a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, segundo o especialista. “Ela voltou a subir um pouco no segundo semestre de 2021, mas entre 2020 e o primeiro semestre de 2021, a taxa Selic se manteve muito baixa, praticamente na taxa de 2% ao mês”, comentou.

Por conta disso, conforme Diego, as pessoas preferiram retirar dinheiro de fundos e ações para investir em imóveis. “Com a taxa Selic muito baixa, [o rendimento] não estava gerando efeito e resultado. Então, muitas pessoas tiraram seus valores das aplicações, sejam elas quais forem, e passaram a aplicar em imóveis”, reforçou o especialista.

Além disso, as condições de financiamento de imóveis, na visão de Diego Amaral, são facilitadas. “Temos um programa conhecido antigamente como Minha Casa, Minha Vida, e hoje se chama Casa Verde e Amarela, que tem faixas específicas para renda e tipo de imóvel. Temos financiamento da Caixa Econômica Federal que subsidia valores a cada ano. Temos o sistema financeiro da habitação, que também tem toda uma linha para financiamentos imobiliários e habitacionais como um todo. Então, são várias as formas”, argumentou.

Em relação à adesão ao financiamento, Samantha e Thiago perceberam que o processo foi mais simples do que imaginavam e passaram até a dar dicas sobre como buscar a casa própria.

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“Não tínhamos outra opção senão financiar a casa. Tínhamos um carro, que vendemos para dar uma boa entrada, para diminuir um pouco o valor das parcelas. Mas o financiamento foi um meio fácil e muito viável, porque nós analisamos muito o preço da casa e o máximo de valor de parcela que conseguiríamos pagar. Por isso que a pesquisa foi longa. Às vezes, o erro é esse: achar a primeira casa, com valor muito acima do orçamento e ficar enforcado com as parcelas, que não são baixas”, destacou a empresária.

Agora, o casal está no momento de transformar a nova casa em um lar aconchegante. “Graças a Deus, agora é só alegria, só investimento para decorar, colocar as coisas do jeito que a gente quer, investir em um conforto maior para que a casa fique com cara de lar”.

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