De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais de metade dos brasileiros expressa visões negativas sobre a conservação ambiental no país. O estudo revela que 55% dos entrevistados avaliam a situação como péssima (38%) ou ruim (17%), um aumento significativo em comparação ao ano anterior, quando esses números somavam 40%. Regiões como Sudeste e Norte-Centro-Oeste lideram as avaliações mais críticas.

Além disso, a preocupação com o aquecimento global também cresceu: 91% dos entrevistados consideram a situação grave ou muito grave, um aumento em relação aos 85% registrados no ano anterior. O Sudeste (95%) e o Sul (94%) mostram-se especialmente alarmados com essa questão.

“A pesquisa mostrou que boa parte dos entrevistados já internalizou a importância das mudanças climáticas, seja pela vivência com secas e inundações seja pelo conhecimento de eventos extremos. Há uma percepção do impacto no dia a dia”, diz o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, que participa da COP28, em Dubai.

Estudo

O estudo, conduzido pelo Instituto de Pesquisa de Reputação em Imagem (Ipri) com 2.021 participantes de diferentes regiões e perfis, aponta que 91% dos entrevistados notaram mudanças no clima, com destaque para o aumento de temperatura (92%), diminuição das chuvas (66%) e rios mais secos (55%).

Enquanto isso, em discussões em Dubai, Bomtempo ressalta o potencial do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono, porém destaca a carência de recursos internacionais para ações ambientais.

Apenas 4,5% do fluxo anual de US$ 600 bilhões destinados a iniciativas de impacto climático e ambiental chegam à América Latina e Caribe, com uma parcela ainda menor direcionada ao Brasil.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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