A pesquisadora Keith Braga avaliou a violência contra pessoas LGBT+ em escolas públicas de São Paulo. O estudo tem os pilares “sexo, gênero e desejo”. Braga apresentou o resultado em palestra na Universidade Federal de Goiás (UFG) em outubro. A professora do Instituto Federal de Goiás expôs o estudo na palestra com tema “Gênero, sexualidade e educação: por uma escola sem LGBTfobia” na qual afirmou que é preciso “curar” a homofobia nas escolas.

 Keith Braga estuda discussões de gênero em toda a sua pluralidade. Apoiada no conceito de gênero de Judith Butler, a pesquisadora apontou ações educativas  e inclusivas como o meio de alcançar a “cura” da homofobia no ambiente escolar. Mas, segundo Keith, existe um “interesse social” em manter uma estrutura relativa aos temas apresentados.

Conforme publicou o Jornal UFG, “a sequência sexo, gênero e sexualidade foi explicada como a lógica compulsória investida e imposta que prevê que os indivíduos ajam e performem a partir da norma heterossexual”. Assim, então, Keith apontou que a homossexualida ganha na sociedade nomes considerados violência, como crime ou patologia.

“É homofobia, portanto, o conjunto articulado de atitudes, posicionamentos, restrições e violências direcionadas às pessoas que não vivenciam sua sexualidade ou gênero em consonância com as normas regulatórias de gênero”, destacou o Jornal. 

Homofobia tem cura

O painel no cenário da palestra anunciou o caminho para a resolução dos problemas que Keith Braga apresentou para os estudantes da UFG: Homofobia tem cura: educação. Para ela, não há a possibilidade de desistir do ambiente escolar, mas sim de levar conscientização através de uma reeducação.

A pesquisadora indicou um caminho no final da palestra, mas antes, apresentou os problemas presentes no mesmo ambiente que para ela é a solução. “É na escola também que o indivíduo passa a maior parte de seu crescimento, e assim a postura dessa instituição deve ser analisada no que diz respeito aos indivíduos LGBTQIA + presentes nesses espaços”, apontou o Jornal UFG.

De acordo com Keith, algumas instituições de ensino viabilizam a ocorrência de agressões por meio da omissão. A pesquisadora destacou que outras escolas fazem intervenções veladas que mantém a discriminção. Por último, um outro caso citado pela professora é a postura de patologização, que pode causar a evasão escolar.

*A descrição da palestra de Keith Braga está publicada no Jornal UFG.

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