(Foto: Sagres on)

A Polícia Federal revelou ao repórter Samuel Straito da Rádio Sagres 730 que apreendeu R$ 940.360,00 na casa do motorista de Jayme Rincón, durante as ações da Operação Cash Delivey, na manhã desta sexta-feira. A foto com a caixa de dinheiro foi divulgada pela manhã e a PF precisou de uma máquina para contar as notas.

De acordo com a assessoria da polícia, os cinco mandados de prisão foram cumpridos nesta manhã, três em Goiânia e dois em São Paulo, contra Rincón, seu filho, Rodrigo Godoi Rincon, o policial militar Márcio Garcia de Moura, o ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira e o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior. A audiência de custódia dos presos ocorrerá a partir das 14 horas de hoje na 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás.

A Polícia Federal investiga se o ex-governador Marconi Perillo era o chefe do grupo. Jayme Rincon atuou como seu braço direito, mantendo contato com os executivos da Odebrecht e coordenando as atividades dos demais investigados, que tinham a função de buscar o dinheiro em São Paulo (SP) e trazê-lo de avião a Goiânia, atuando assim como uma espécie de preposto, segundo o Ministério Público Federal.

O MPF e a PF suspeitam de que parte do dinheiro recebido da Odebrecht foi usado para adquirir um veículo de luxo para Rodrigo Rincon, no valor de R$ 170 mil, pagos em espécie. A compra foi realizada pouco depois de um dos eventos de entrega de propina.

As prisões temporárias dos investigados, pelo prazo de cinco dias, foram pedidas para assegurar que não atrapalhem as investigações, destruindo ou forjando provas. Segundo o MPF, a análise dos e-mails dos investigados, autorizada judicialmente, revelou que Jayme Rincon apagou propositalmente todos as mensagens do servidor em meados de 2016, logo após a deflagração da 26ª fase da Operação Lava Jato, que cumpriu mandado de busca e apreensão em seu apartamento da Rua Haddock Lobo, onde seu filho morava. A PF afirma que lá era o principal local de recebimento da propina, o que indicaria tentativa de destruir provas. 

A análise dos e-mails revelou, ainda, que Jayme Rincon pagou R$ 24 mil, em dinheiro vivo, por um procedimento médico para o filho, o que indicaria ocultação de sua origem ilícita.