Pesquisadores do Laboratório Sainsbury da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e da Universidade Jagiellonian, na Polônia, descobriram que a madeira de duas espécies de tulipas ajudam a armazenar carbono e, portanto, ajudam a combater as mudanças climáticas.
Os cientistas analisaram a capacidade de retenção de carbono de 33 espécies de árvores das Coleções Vivas do Jardim Botânico da Universidade de Cambridge. A exploração microscópica da madeira incluiu pinheiros, coníferas, carvalho, freixo, bétula, eucaliptos e outras, pois os pesquisadores já sabiam que a estrutura da madeira evolui e se adapta ao ambiente externo.
Tulipas
O resultado se apresentou positivo para duas espécies de Liriodendron, a tulipa (Liriodendron tulipifera) e a tulipa chinesa (Liriodendron chinense). Conforme a pesquisa, as tulipas têm macrofibrilas longas alinhadas em camadas na parede celular secundária maiores do que suas parentes de madeira dura. Elas armazenam carbono em sua estrutura de nanoescala, um espaço entre a madeira dura e a madeira macia.
“Os liriodendrons divergiram das magnólias há cerca de 30-50 milhões de anos, o que coincidiu com uma rápida redução do CO2 atmosférico. Isso pode ajudar a explicar por que as tulipas são altamente eficazes no armazenamento de carbono”, explicou Jan Łyczakowski da Universidade Jagiellonian.
Plantação de tulipas
A pesquisa abriu a possibilidade de combater as mudanças climáticas com plantação de tulipas, que tem espécies nativas da América do Norte, China e do Vietnã. A capacidade do armazenamento de carbono não é novidade em relação à espécie, mas o estudo finalmente demonstra que isso ocorre por causa da estrutura de madeira.
Łyczakowski sugeriu plantios de tulipas especialmente voltados para a captura de carbono porque elas crescem rápido. As tulipas são mais encontradas em jardins ornamentais, mas países do Leste Asiático já possuem plantações de Liriodendron para reter carbono.
*Com CicloVivo
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
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