O conjunto de reformas econômicas implementadas no Brasil, em 1994, com o chamado Plano Real, que completa 29 anos, e os rumos do novo MDB em Goiânia, sem Iris Rezende e Maguito Vilela, são os temas desta edição do PodFalar. O primeiro podcast de política de Goiás tem apresentação e comentários dos jornalistas Rubens Salomão, Laila Melo e Samuel Straioto.

Confira a edição 238 do podcast PodFalar

O Plano Real completa 29 anos, desde a criação no governo Itamar Franco, em 1994, para resolver uma das maiores crises inflacionárias do mundo. O final da década de 1980 foi marcada por uma tremenda hiperinflação.

Economizar cruzeiros não era missão fácil, na época das maquininhas de remarcar, os preços chegavam a subir três mil por cento ao ano no Brasil. Antes de o Real chegar, o Brasil teve outras oito moedas, pela ordem: réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro (novamente), cruzado, cruzado novo, cruzeiro (pela terceira vez) e cruzeiro real.

Já no início da década de 90, o presidente Fernando Collor adotou algumas medidas econômicas, todas sem sucesso, e danosas para os brasileiros, por exemplo, o confisco confisco da caderneta de poupança dos brasileiros.

Medidas

O confisco da poupança foi um fracasso, assim como o governo Collor que sofreu impeachment. Itamar Franco assumiu o governo e convidou Fernando Henrique Cardoso para ministro da Fazenda, com a missão de reorganizar a economia. Na época, a inflação batia recordes, prejudicando principalmente os mais pobres.

A equipe econômica criou uma espécie de dólar virtual, a URV, Unidade Real de Valor. A roda-viva dos preços continuava corroendo o cruzeiro, mas não atingia a URV. Em julho, a URV perdeu as letras U e V, permanecendo o R, de real. A nova moeda nascia sem a doença da hiperinflação.

Fernando Henrique Cardoso se tornaria depois presidente do Brasil, entre 1995 e 2002. Ele tinha um time de economistas bem conhecidos como Pérsio Arida, Edmar Bacha, André Lara Resende, Gustavo Franco e Pedro Malan.

O plano deu certo: um ano depois da criação da moeda e da implementação do Plano Real, a inflação foi de 22%. Parece alta, mas perto da marca de mais de 2.000% ao ano, mais de 20% não era nada. Três anos depois, em 1998, os preços avançaram 1,65%, uma das menores já registradas.

Numa entrevista à Revista Veja em 2010, FHC destacou que o Brasil aprendeu com os erros, e por isso, a implantação do Real foi possível. Fernando Henrique Cardoso também destacou o papel da população na transição da moeda.

Atualidade

Mas e o Real hoje? Mas o R$ 1 lançado há quase três décadas não tem o mesmo valor hoje. Isso porque, de lá para cá, houve um acúmulo de inflação e a moeda se desvalorizou. Ou seja, para arcar com a compra de R$ 1 em 1994, você precisaria de R$ 4,80 do dinheiro de hoje.

A desvalorização da moeda está inteiramente relacionada à três principais fatores básicos: inflação, oferta de moeda maior do que a procura e o déficit da balança comercial.

As principais consequências para a desvalorização do real são encarecimento dos serviços públicos, o aumento da inflação e um desgaste da poupança. Já a desvalorização influencia o poder de compra dos consumidores já que a matéria-prima fica mais cara e os valores são repassados nas prateleiras.

Segundo bloco

O presidente regional do MDB, Daniel Vilela, voltou a confirmar trabalho prioritário do partido para lançar candidatura própria em Goiânia. E negou interesse em indicação de cargo na gestão do atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos). O vice-governador conversou com a Sagres e disse estar disposto a dialogar com o prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), mas que as articulações para troca de cargos por apoio em 2024 são equivocadas.

Daniel Vilela afirma que a sociedade deve estar questionando as nomeações de secretários municipais com o objetivo de fechar alianças eleitorais. Na entrevista exclusiva à Sagres, Daniel diz que o MDB não tem interesse em ocupar espaço nba administração municipal.

O prefeito Rogério Cruz chegou a realizar reuniões com a bancada de vereadores do MDB para articular indicação do grupo para a Secretaria de Planejamento e Habitação. O processo travou em três pontos.

Divergência interna na bancada; concorrência com o presidente da Câmara, Romário Policarpo, que tem a indicação da pasta; e a indisposição de Daniel Vilela. O vice-governador do estado começa a entrevista respondendo sobre a possível candidatura própria do MDB à prefeitura de Goiânia.

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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes

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