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Policiais Civis de Pontalina, a 134 quilômetros de Goiânia, cumpriram mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 17 anos na manhã desta segunda-feira (18), pela prática de atos infracionais análogos a apologia ao crime e terrorismo.
A Polícia Civil identificou que o jovem planejava um ataque a uma escola de Pontalina, o que levou à sua apreensão. O mandado foi expedido pela Juíza da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Pontalina.
De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos na casa do suspeito uma capa, uma máscara, desenhos, um coturno, um arco e flechas, além de uma arma de fogo e munições, as quais pertenciam ao pai do adolescente, que também foi autuado em flagrante.
O adolescente tinha planos de executar um massacre na escola onde estudava, e que para isso convidou um outro menor para ajudá-lo com o plano.
Ele alegou que já sofreu bullying, que as pessoas vivem ‘num inferno’, e que ao matá-las ele livraria essas pessoas desse sofrimento.
O adolescente confirmou que ainda não executou o massacre porque não teve acesso a arma de fogo de repetição, em que vários disparos são feitos em um único aperto no gatilho, e que a última vez que pensou em executar o plano foi dias antes do Carnaval.
Ele explicou que a arma apreendida em sua residência, por não ser de repetição, não seria suficiente para seu objetivo.
Questionado se tinha medo da reprovação social após executar um plano dessa natureza, o adolescente alegou que não, pois se mataria logo em seguida à execução do massacre e que não sentiria remorso pelas mortes, pois também já estaria morto.
Durante sua oitiva, o adolescente afirmou que um massacre ideal é aquele que tem o maior número de vítimas e comparou a tragédia de Suzano-SP à ocorrida em uma mesquita na Nova Zelândia, na última sexta-feira (15), e que deixou pelo menos 50 mortos.
Ele afirmou ainda à polícia que o massacre da mesquita foi ideal por conta do grande número de vítimas, e confirmou que planejava executar o mesmo usando a capa e a bota que foi apreendida.
O adolescente reponderá a Auto de Investigação de Ato Infracional por apologia a crime e atos preparatórios de terrorismo.
O menor foi encaminhado para audiência de apresentação, que ocorreu na Fórum da Comarca de Pontalina, e em seguida recolhido em cela da Delegacia de Apuração a Atos Infracionais de Caldas Novas-GO, onde permanecerá internado provisoriamente, à disposição do Poder Judiciário.