A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Derccap) de Goiânia investiga possíveis fraudes e troca de influência em licitações da Comurg. As suspeitas são de que empresas teriam sido favorecidas no processo de concorrência por contratos milionários de serviços e produtos, a ressaltar a compra e manutenção de peças de caminhões de lixo.

A Delegada Adjunta da Derccap, Érica Botrel explica ao repórter Rubens Salomão que a investigação chegou até a Delegacia pelo Ministério Público e que em alguns processos licitatórios houve contratações diretas de empresas com inexigibilidade de licitação.

“Nós apuramos documentos de orçamentos de preços de peças de serviços fraudados em nomes de outras empresas, e apuramos o envolvimento de servidores públicos do alto escalão da Prefeitura com empresas contratantes da Comurg. Nós temos indícios e apreendemos documentação e computadores que serão analisados para que a Delegacia dê um desfecho a essa investigação”, declara.

Segundo Érica Botrel, os crimes investigados são de fraude à licitação, celebração de inexigibilidade de licitação, falsidade ideológica, falsidade documental, e possíveis crimes de corrupção por parte de servidores que estariam atuando com estas empresas.

De acordo com ela, existem fortes indícios que uma das seis empresas investigadas seja de João de Paiva Ribeiro, que é ex-secretário de compras e licitações de Goiânia. De acordo com informações, a empresa teria fechado contrato com a Comurg enquanto João de Paiva ocupava o cargo na Prefeitura, o que é considerado ilegal.

Além de João de Paiva, o Chefe de Transporte da Comurg, Albertino Simão Borges, na época do fato, e as empresas Nacional Cardans, Cardans e Molas do Centro-Oeste, e CCM são investigados.

A Assessoria de Comunicação da Comurg informou em nota que não teve qualquer participação neste processo. A seleção de empresas fornecedoras foi feita externamente à Companhia. A Comurg aguarda a apuração das denúncias.