Depois de 15 dias, agentes e escrivães da Polícia Civil desocuparam a Assembleia Legislativa de Goiás na noite dessa segunda-feira (2). Eles deixaram o auditório Costa Lima, onde estava desde a última sexta-feira (29) depois que saíram do plenário da Casa.
Mesmo com a desocupação da Assembleia, a greve que já dura quase 80 dias, segue. Nesta terça-feira os líderes da greve se encontram com o delegado geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski. A expectativa é que a paralisação chegue ao fim.
O presidente do Sindicato dos Policia Civis de Goiás (Sinpol), Silveira Alves Moura, afirmou que a desocupação da Assembleia era uma condição inegociável exigida pelo governo estadual para o seguimento das negociações.
Inicialmente o Sinpol pedia piso salaria de R$ 7,5 mil, pagamento de 20% por produtividade e reestruturação da carreira de policial civil. Depois, as reivindicações passaram para 60% do salário de um delegado. A pedida por produtividade, mais conhecida como gratificação, se manteve em 20%.
É provável que a categoria aceite a proposta que será apresentada pelo governo nesta terça-feira, que prevê pagamento de bônus entre 5% e 20%, estudo sobre a reestruturação da carreira e aumento do número de policiais civil para 10 mil ao longo de 10 anos. Existe ainda a possibilidade de que os pontos cortados sejam revistos.