Depois de muita polêmica na última semana e uma indecisão instalada em relação as eleições, a reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Vila Nova pegou fogo, como já era de se esperar. No fim, Gutemberg Veronez, que seria candidato à presidência executiva, desistiu de disputar o pleito. Entretanto, quando tudo parecia caminhar para uma aclamação, o conselheiro Artur Ciro decidiu se lançar candidato e montará sua chapa. Dessa forma, o Vila terá eleições para presidente na próxima segunda-feira (09).

Como sempre, a reunião do Conselho começou por volta das 19h no Onésio Brasileiro Alvarenga e se prolongou até às 22h30, quando os principais personagens da política colorada atual começaram a deixar a sede do clube com a decisão. O conselheiro Magid Fleury, que seria candidato na chapa de Guto, deu o tom da insatisfação ao disparar contra o Conselho atual e destacar que estaria fora do Vila com a postura adotada.

Logo depois, Guto deixou a reunião e destacou que abandonou a ideia, por enquanto, de ser presidente do Vila e que não haveria pleito na próxima segunda-feira. Entretanto, no apagar das luzes, o conselheiro Artur Ciro Cesar Neto decidiu disputar o pleito e montar uma chapa ao longo da semana, algo que estava praticamente descartado por Carlos Alberto Barros, que ainda não se pronunciou. Guto, que deixou a disputa, destacou que sairia vencedor, caso o grupo atual aceitasse o pleito.

“É uma pena que isso não venha acontecer, seria uma eleição inédita. Eu tenho convicção que sim (ganharia a eleição). Às vezes, o novo prevalece em função de que o grupo que tá aí, de pessoas sérias e corretas, tem o peso de insucesso no futebol nos últimos oito anos, isso é uma realidade. Vamos dar mais um apoio para esse pessoal, mas acredito que se não der sucesso, será a última vez que eles estarão no comando”

Ao contrário de Magid, Guto destacou que continuará diariamente no Vila Nova e se dispôs até para ajudar a diretoria atual, mas sempre com pensamentos próprios. O conselheiro destacou que houve muita injustiça em torno de seu nome nos últimos dias, mas negou que tenha sofrido ameaças pessoais. De qualquer forma, prometeu que continuará no propósito de ser presidente e que sai reforçado dentro do clube.

“Não teve ameaça por parte de ninguém, isso é uma posição nossa, em prol do nosso clube. A gente, às vezes, dá um passo para trás para depois dar dez passos à frente, e não tenho dúvida, podem aguardar, um dia eu serei presidente do Vila Nova. Não tem como deixar de ajudar o clube que eu amo, o que me move aqui não é grana, é paixão, é amor. Não me sinto nem um pouco derrotado, nem um pouco enfraquecido. Muito pelo contrário, fortalecido e com apoio de verdadeiros vilanovenses”