Entidades representativas do setor produtivo do Estado de Goiás, como a Associação Comercial e Industrial (ACIEG), Federação estadual do Comércio (FECOMERCIO) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) buscam, por meio de uma série de reuniões, abortar o aumento de até 37% na cobrança de IPTU em Goiânia. O projeto com este objetivo foi enviado pelo Paço à Câmara Municipal, já que estabelece a revisão da Planta de Valores da Capital.
Os representantes argumentam, principalmente, que o reajuste linear não seria justo e que a população não deve ser penalizada para gerar um aumento na arrecadação pública. A presidente da ACIEG, Helenir Queiroz, explica que tipo de inconsistência tem sido apontado. “Um reajuste de 30%, 35% ou 37% não é justo. E esse argumento de que a planta de valores está desatualizada pra nós não é argumento. Imóvel não paga imposto, quem paga são as pessoas, que não tiveram reajuste de salário,” critica.
O presidente da FECOMÉRCIO, José Evaristo, também discorda do aumento, principalmente sobre a divisão da cidade em zonas fiscais. Segundo ele, a primeira zona, em que estão as áreas mais centralizadas, não deveria receber aumento de cobrança, já que têm imóveis desvalorizados. “Nós temos uma situação complicada que são os grandes eixos, que tiveram uma desvalorização pela implantação do transporte público nessas regiões. Hoje há uma quantidade enorme de empresas e imóveis fechados, porque não houve o interesse de manter ali sua atividade comercial. Consequentemente o preço desses imóveis caiu,” argumenta.
As entidades do setor produtivo chegaram a fazer uma proposta ao prefeito para que o reajuste do IPTU, que pode variar de 25 a 37%, seja reduzido pela metade. O vice-prefeito, Agenor Mariano (PMDB), explica que a prefeitura está aberta às sugestões. “O prefeito Paulo Garcia já sinalizou que este não é um assunto fechado. Se fosse fechado, nós nem estaríamos nos reunindo com seguimentos da sociedade,” defende.
Outra reunião das entidades do setor produtivo com o prefeito Paulo Garcia (PT) está marcada para esta terça-feira, às 16h30.