Ainda com o técnico Jorginho no comando, quando o time titular do Atlético-GO passou por um revezamento e alterações aconteciam de um jogo para outro, precisei responder por diversas oportunidade o porquê do zagueiro Camutanga e o atacante Kelvin não receberem tantas oportunidades.

Muitos torcedores aproveitaram o canal de comunicação das redes sociais ou até mesmo pessoalmente no Antônio Accioly para me fazerem este questionamento. Em todas, tentei responder com base nos treinamentos que assisto diariamente no CT do Dragão. Contudo, muitas vezes o meu ponto de vista não sanou as dúvidas dos rubro-negros.

Após a chegada de Eduardo Baptista, as perguntas se intensificaram, principalmente nas últimas semanas. Tudo porque o novo treinador resolveu modificar bastante a formação inicial para tentar uma reação no Campeonato Brasileiro após as eliminações nas Copas (do Brasil e Sul-Americana). Nomes importantes do elenco como dos volantes Gabriel Baralhas, Marlon Freitas e Jorginho perderam espaço na última rodada contra o Coritiba e mais uma vez deve ser opções no banco de reservas na próxima segunda-feira (19) contra o Internacional -sendo que Jorginho é desfalque por cumprir suspensão.

No entanto, mesmo com todas as mudanças, tanto o zagueiro Camutanga como o atacante Kelvin não apareceram como prioridades para a comissão técnica. O defensor não foi relacionado nas últimas partidas -não poderia disputar as Copas- e só vestiu a camisa do Atlético-GO uma vez, na derrota para o América Mineiro no dia 24 de julho.

Nesta sexta-feira (16), Eduardo Baptista posicionou o time pela terceira vez na semana e esboçou seis alterações na formação inicial. Nenhuma delas o zagueiro Camutanga. Lucas Gazal e Klaus devem ser titulares. Por isso, perguntei ao treinador o porquê do atleta de 28 anos receber poucas oportunidades no Dragão e não ser escalado contra o time gaúcho.

“O Camutanga e o Lucas Gazal têm características parecidas, são zagueiros rápidos. Mas o Gazal é um pouco mais veloz, então foi essa a opção. Eu entendi que precisávamos mexer um pouco na velocidade da defesa pra gente conseguir marca um pouco mais rápido, então é uma opção técnica. São grandes jogadores (Gazal e Camutanga) e jovens”, justificou o Eduardo Baptista.

Kelvin (Foto: Alan Deyvid/ACG)

Também questionei o comandante atleticano sobre o atacante Kelvin, contratado no meio do ano junto ao ABC. Na época a diretoria desembolsou R$ 50 mil para pagar a multa rescisória e tê-lo no elenco. Porém, foram apenas cinco jogo, nenhum como titular. Ele, no entanto, já balançou as redes. Marcou um gol em sua estreia pelo Atlético-GO na derrota por 4 a 1 para o Athletico-PR na Arena da Baixada.

Apesar de ser relacionado, o atacante não foi utilizado nas últimas partidas. Com o técnico Jorginho, era visto como um substituto para o meia Jorginho, no entanto suas características apontam para um atleta que atua pelos lados do campo, função que ainda não foi aproveitado no clube goiano.

“O Kelvin é um menino que a gente vem observando. Nós oportunizamos o Peglow que não pode jogar (contra o Internacional) por ordem contratual e o Kelvin passa a ser uma opção já que não temos o Luiz Fernando. É aquela coisa, pouco tempo para trabalhar, nós estamos observando e com as semanas a gente vai poder oportunizar, aí quem se mostrar melhor, nós vamos sempre optar para o que for melhor para o clube”, explicou Eduardo Baptista.

Entretanto, o treinador finalizou a resposta garantindo que os torcedores verão os dois jogadores com mais frequência em campo. “Eles vão ter oportunidades, com certeza vão ter”.

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