O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou, mais uma vez, a taxa básica de juros (Selic), de 2,25% para 2% ao ano, atingindo o percentual mais baixo da história. Essa redução tem motivado consumidores a migrar a dívida para outro banco em busca de melhores condições de financiamento. Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o diretor do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (Ibradim) em Goiás, Arthur Rios Júnior, explicou sobre a importância desse instrumento no mercado imobiliário, podendo proporcionar consideráveis quedas nas prestações.

“A portabilidade é um instituto jurídico muito simples, é o instituto que permite você mudar de credor, de banco. Então, aquela pessoa que financiou um imóvel, por exemplo, no banco x, e achou condições mais interessantes no banco y, ele pode migrar para este banco”, explica o diretor do Ibradim, que por causa dessa recente redução da taxa básica de juros, tem se tornado muito comum uma disputa entre os bancos a fim de oferecerem as melhores condições aos clientes.

Bancos e empresas de crédito têm sido receptivos a propostas de renegociação de dívidas, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que acarreta em desemprego e perda de renda. Analistas financeiros avaliam que possibilidades de adiamento de parcelas ou extensão de prazos podem ser de boa utilidade para os consumidores, em particular em um momento em que se recomenda ter dinheiro no bolso para lidar com imprevistos.

Para Arthur, a portabilidade pode ser bastante relevante para o comprador. “Neste exato momento ficou muito interessante, porque com a queda da taxa básica de juros, cria uma pressão de queda na taxa do financiamento imobiliário em geral”, afirma e, ressalta que “todos que firmaram financiamentos imobiliários em um passado recente, possivelmente, hoje podem se beneficiar da portabilidade.”

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