O número de pessoas que trabalham com carteira assinada em Goiás está aquém do esperado. O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou esta semana que apenas 32% dos trabalhadores goianos possuem alguma ocupação de maneira regularizada. O dado é referente ao ano de 2009.

Dados sobre o mercado de trabalho, mão de obra, qualificação social e profissional, seguro desemprego, economia solidária e juventude, também estão presentes no anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda.

A Supervisora técnica do DIEESE, Leila Brito, explica que Goiás se destaca na formalização de empregos, apesar do baixo número de carteiras assinadas, no entanto, ela alerta para os baixos salários.

Segundo ela, em Goiás está a menor remuneração média entre as unidades da região Centro-Oeste, mesmo que tenham surgido novas vagas num ritmo mais acelerado desde os anos 2000.

“A capacitação profissional está principalmente em funções operacionais, do nível médio e básico. São estas que possuem maior demanda de mão de obra, e requerem maior qualificação”, destaca.

O estudo também aponta que o desemprego entre os jovens de 20 e 24 anos chega a 13%. De acordo com Leila Brito, este percentual relata a falta de políticas públicas voltadas para incentivar o trabalho aos jovens nesta faixa etária.

“O jovem é o que mais padece com algumas restrições no mercado de trabalho, tendo mais dificuldade de acesso a determinadas ocupações e seu rendimento é mais baixo”, explica.

Com informações de Nathália Lima