Praça Universitária: referência social, política e cultural

A Praça Honestino Guimarães, conhecida como Praça Universitária, é um espaço social que abarca uma cadeia de significados, social, político e cultural. O local foi planejado na década de 1930 pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima e construído em 1969 pela Prefeitura de Goiânia. A inauguração se deu  um ano depois, em 1970.

Desde sua inauguração a Praça Universitária se tornou polo de grandes manifestações estudantis, políticas, congressos, show artístico culturais e outros. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Goiás. Ela possui um museu de esculturas ao ar livre, e no seu centro uma grande biblioteca, a Marieta Teles Machado, reformada há poucos anos pelo Município.

O local leva o nome de Honestino Guimarães, um importante líder estudantil goiano que foi presidente da União Nacional dos Estudantes. Em razão de sua militância no movimento estudantil, foi preso por quatro vezes. Depois de sua quarta prisão pelo regime militar, no ano de 1973, nunca mais retornou. 

O nome popular, Praça Universitária, deve-se a sua localização, pois divide a Avenida Universitária entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) Campus I e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), e além disso o público frequentador do local se constitui, principalmente, por estudantes universitários. 

A Praça Universitária foi apresentada, inicialmente, como uma Praça Parque, que seria edificada no Setor Universitário, conforme a Lei n.146, do dia 29 de outubro de 1968. No ano seguinte, denomina-se Praça Universitária, conforme a Lei n.174, do dia 12 de julho de 1969. 

Em 1983, conforme a Lei n.6.044, do dia 18 de novembro, tem seu nome alterado, em função do logradouro público, para Praça Honestino Monteiro Guimarães.

(Foto: Rubens Salomão)

Museu 

A Praça Universitária tem um conjunto de esculturas que formam um dos maiores museus a céu aberto da América Latina. O local possui 26 esculturas produzidas em técnicas diversas, como bronze, argila e concreto, com formas variadas, como mulheres, objetos futuristas e animais, e intervenções urbanas, como grafites. 

O complexo foi formado por diversas peças que desde o ano 2000 estão em exposição permanente, à disposição da população. Foi feita uma exposição na Praça Tamandaré, no Setor Oeste e daí veio a ideia de deixar de forma permanente em uma praça da cidade. 

O local mais adequado foi a Praça Universitária. Vários artistas se reuniram e cada um teve a oportunidade de construir uma peça, utilizando o material que achasse mais adequado.

(Foto: Rubens Salomão)

Manifestações 

A Praça Universitária foi espaço utilizado como ponto de encontro de grupos culturais que faziam parte da massa burguesa na década de 1970, assim como dos grupos que lutavam contra as imposições durante a Ditadura Militar no Brasil. 

Na década de 1970, as manifestações eram organizadas pelas entidades dos estudantes e normalmente a reunião dos estudantes ocorria na Praça Universitária, e de lá saíam em passeata pela avenida universitária, desciam até a Praça Cívica até a Avenida Goiás, até a praça do Bandeirante e ali faziam grande assembleia.

Na atualidade a Praça Universitária continuou sendo palco para manifestações de estudantes, por exemplo, contra aumento da passagem no transporte coletivo, ou em protesto contra ações dos governos constituídos, ou ainda a favor da Educação, como ocorreu em 2022. 

A Praça Universitária também recebeu diversos congressos da União Nacional dos Estudantes, a UNE. Goiânia é a cidade que mais recebeu os Congressos da Entidade. O encontro aconteceu na capital goiana nos anos de 1993, 2001, 2003, 2005, 2011 e 2013.

Usos diversos

A praça possui ainda espaços para convenções e eventos de espécies diversificados: comércio, prestação de serviços e feiras livres. Uma feirinha acontece todo domingo à noite.

(Foto: Rubens Salomão)

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

(Foto: Rubens Salomão)

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