O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD) avaliou como ação política as cinco denúncias apresentadas contra ele na Câmara Municipal. Em entrevista à Sagres nesta sexta-feira (7), o gestor disse que não há irregularidades nos atos administrativos e que a questão é política.

“Da forma mais transparente possível, a nossa parte jurídica é tranquila, não há desonestidade ou coisa errada. Acredito que o problema é político e estamos abertos para resolver”, destacou o prefeito.

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Fernando Pellozo reconhece que ocorreram problemas de articulação política e que errou neste aspecto. Porém, ele ressalta que o foco dele tem sido na resolução dos problemas da cidade.

“Eu tenho me esforçado pra entender, a gente focou muito no trabalho, nos problemas da cidade, acho que deixei um pouco, o assunto articulação política, tenho me perguntado se errei neste sentido mas como o foco é no trabalho, no resultado, nos problemas da cidade, eu vou manter o foco, eu tenho repetido que a gente precisa do apoio da Câmara e que estamos abertos ao diálogo, desde que o foco seja atender as necessidades da população Canedense”, disse.

O prefeito ainda pregou união e que precisa do apoio da Câmara. Ele relatou que está disposto a conversar com os parlamentares que estejam dispostos no que ele chamou de “retomada da cidade”

“A gente não administra sozinho, a gente precisa do apoio da Câmara, já conversei pretendo continuar com o diálogo e receber de braços abertos os vereadores que querem estar conosco neste projeto de retomada da cidade”, declarou.

Hospital

Entre as denúncias que devem ser apuradas contra o gestor estão, contratação irregular de um hospital na cidade para tratamento de pacientes com a Covid-19. O prefeito nega irregularidades.

Em março, a Justiça havia determinado a suspensão dos pagamentos do contrato firmado entre a Prefeitura de Senador Canedo e o Hospital e Maternidade de Senador Canedo, no valor R$11.158.812,70. De acordo com a decisão judicial, a empresa não poderia ter realizado contrato com a prefeitura, já que ela está impedida por três anos de acordo com decisão judicial.

No entanto, o desembargador Itamar de Lima suspendeu a liminar e restaurou o repasse, com o argumento que a unidade tem papel fundamental no tratamento de pacientes com a Covid-19 e que as atividades não poderiam ser paralisadas.

“Não há irregularidades. A primeira coisa que a gente fez quando foi firmar o contrato foi consultar o Ministério Público, que deu sinal verde. Estamos em pandemia, o governo federal declarou situação de emergência, dentro dessa lógica não há irregularidade em contratar o hospital para fazer um hospital de Covid”, relatou Fernando Pellozo.