Após o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), vetar o projeto de Lei que altera o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado, o gestor municipal afirmou, em entrevista à Sagres, nesta sexta-feira (14), que a Prefeitura e a Câmara Municipal de Goiânia organizam em conjunto uma homenagem ao falecido ex-governador de Goiás e ex-prefeito.

“Existem várias maneiras de homenagear nosso líder de Goiânia e do Brasil. Estamos preparando isso. Não posso adiantar, mas já existe uma conversa com o presidente da Câmara de Goiânia, o vereador Romário Policarpo, para que possamos fazer essa homenagem juntos para Iris Rezende”, informou Rogério Cruz.

Justificativa

Apesar de aprovada a matéria na Câmara Municipal, o prefeito justificou o veto à proposta de autoria do vereador Clécio Alves (MDB) dizendo que a Constituição não permite a mudança de nome de ruas. Rogério Cruz ainda alegou que esse não seria o desejo de Iris Rezende.

“Essa questão da mudança de nome de rua a Constituição não permite. Apesar de termos uma Lei na cidade que fala sobre essa questão de ditadores, ouvindo uma conversa de que o próprio Iris Rezende que recebeu em seu gabinete um jornalista, esse jornalista perguntou se haveria essa possibilidade [de mudança do nome da Avenida], e o próprio Iris não faria isso. Se ele não quis trocar o nome, eu com certeza não faria isso”, afirmou o prefeito.

Outro motivo apontado por Rogério Cruz é a questão jurídica dos empresários que têm lojas e comércios na Avenida. Segundo o chefe do executivo municipal, a Castelo Branco possui cerca de sete quilômetros de extensão e todos os empreendedores da região local teriam que gastar recursos com a alteração dos dados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

PGM

Na mensagem publicada em suplemento do Diário Oficial do Município (DOM) na última terça-feira (11), o prefeito afirmou que apesar de justa a homenagem a Iris Rezende, ele decidiu seguir a sugestão da Procuradoria Geral do Município (PGM), que se manifestou pelo veto integral ao projeto.

Um dos argumentos da PGM é de que a denominação de vias ou logradouros públicos só pode ser feita se tiver a aprovação da maioria dos moradores da região afetada. A Procuradoria justificou que não há manifestação dos moradores da Avenida Castelo Branco, por meio de abaixo-assinado com nome e endereço da população da região, concordando com a mudança de nome da via.

Rodrigo Melo é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a PUC Goiás, sob supervisão da jornalista Thaís Dutra.

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