Por orientação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante reunião realizada nesta tarde na sede da entidade máxima do futebol brasileiro, a Federação Goiana de Futebol (FGF) resolveu paralisar por um período indeterminado a continuação do Campeonato Goiano da primeira divisão. Presente no encontro no Rio de Janeiro, o presidente da FGF, André Luiz Pitta, foi entrevistado pela Sagres 730 nesta tarde.

O dirigente explicou que “tivemos algumas reuniões na CBF, uma delas com a presença de quase todas as federações, em que mostraram grande preocupação em relação aos acontecimentos. Através de um pedido do presidente da CBF (Rogério Caboclo), nos sugeriu que todos que pudessem paralisar que seria importante, com o compromisso de futuramente achar alternativas que possam suprir essas datas para a conclusão do campeonato, apesar de saber de todas as dificuldades”.

Em virtude disso, achamos por bem atender a sugestão, como várias outras federações também atenderam. De qualquer forma, tínhamos convicção que a melhor forma seria parar, porém também tínhamos a expectativa de chegar até domingo para definir uma parte da competição. Por prudência e todos os levantamentos que fizemos hoje nas reuniões, chegamos na conclusão que a melhor alternativa seria a paralisação do campeonato temporariamente”, completou.

André Pitta em entrevista à Sagres

Questionado sobre como o Campeonato Goiano poderia continuar caso retornasse durante as datas marcadas inicialmente para o Campeonato Brasileiro, André Pitta afirmou que “não tem como falarmos do futuro, estamos em um momento de aguardar os acontecimentos. Não dá para falar que o coronavírus vai acabar amanhã ou depois daqui um, dois ou três meses, então não tem como prever datas. Agora é a hora de todo mundo cuidar da sua saúde e aguardar os próximos passos das autoridades”.

Em relação ao remanejamentos dos jogos, conforme nota publicada na segunda-feira (16), a FGF teve apoio de clubes como Atlético Goianiense e Vila Nova. Contudo, nesta terça-feira (17), o Goiás destacou a posição contrária dos seus jogadores, apoiados pelo Sindicato dos Atletas de futebol de Goiás, de que não entrariam em campo no jogo marcado para a próxima quinta-feira (19) contra o Atlético. O presidente da federação ressaltou que “é natural que em um momento como esse tem pessoas que são a favor e contra”.

“Tivemos diálogo com o presidente do Goiás (Marcelo Almeida) durante grande parte desse período, inclusive hoje e ontem, como tivemos com todos os presidentes. Quando a decisão foi tomada de realizar os dois jogos, o Goiás foi consultado e estava de acordo. Posteriormente, ele, como um médico que é, entendo a preocupação. Em relação a questão de jogador entrar ou não no campo, isso não nos trouxe preocupação, até porque se tivéssemos mantido a realização do jogo a responsabilidade seria do Goiás. Mas o que importa é que esses acontecimentos não interferiram na decisão”, finalizou.

Outra posição que chamou atenção na última segunda-feira (16) foi a da Anapolina, atualmente última colocada com seis pontos, que se disse preocupada com a ameaça de contágio do novo coronavírus e sugeriu a finalização do campeonato sem rebaixamentos. Pitta enfatizou que “algumas pessoas acabam se aproveitando e utilizando uma coisa tão séria quanto a que estamos vivendo simplesmente preocupada em ser rebaixada ou não, o que é muito pequeno perto da situação, e lamento que a intenção seja essa”.

“A questão de que se vai ter 12, 14 ou 20 clubes terá que ser resolvida na frente. Acreditamos que possivelmente a Fifa possa determinar algumas decisões, porque no mundo inteiro os campeonatos precisam terminar, além do que temos que avaliar as decisões que a CBF vai tomar, porque isso interfere diretamente em campeonatos nacionais”, acrescentou o presidente da Federação Goiana de Futebol.

Ainda sobre decisões acerca do campeão ou dos rebaixados, André Pitta reforçou que “não temos que nesse momento, ou pelo menos não é o nosso papel, ficar avaliando sobre hipóteses. Primeiro temos que avaliar haverá condições do campeonato futuramente voltar. Se não for caminhar, se avaliaremos algum requisito em regulamento para isso. Depois, se haverá uma decisão oriunda da Fifa, em virtude de ser um cenário que atinge o mundo inteiro, e se terá uma decisão vinda da CBF”.

Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, tire as suas dúvidas e confira como se proteger da doença