Após reunião na CBF, a Federação Goiana de Futebol optou pela suspensão imediata do Campeonato Goiano por tempo indeterminado como uma alternativa para combater a proliferação do coronavírus. Desta forma a competição é paralisada com o Atlético na liderança, indefinição sobre classificados e rebaixados e duas rodadas da primeira fase ainda a serem disputadas.
O posicionamento da entidade foi de encontro à vontade do Goiás Esporte Clube que já havia demonstrado ser contrário à continuidade do estadual, mas desagradou colorados e rubro-negros que expuseram o desejo de dar sequência à competição. Em entrevista à Sagres 730, por exemplo, o presidente executivo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, comentou a decisão.
“Como eu sempre tenho falado, a gente respeita e acata as decisões do poder público a das autoridades que comandam o futebol. Nós manifestamos e era de interesse nosso, assim como de outros clubes, que antecipasse o campeonato da forma como a Federação tinha feito a proposta para finalizar a fase de classificação domingo. Assim a gente conseguiria fazer um planejamento melhor em relação ao transcorrer do ano. Agora com a mudança cabe a nós acatarmos e fazer a nossa programação em cima disso”, destacou.
Hugo Jorge Bravo (Foto: Douglas Monteiro/VNFC)
Na visão do dirigente não impactaria de forma negativa no combate à proliferação da doença se as duas últimas rodadas fossem mantidas para esta semana. Ele acredita que o prejuízo não será só do Tigre, mas também da competição de modo geral.
“Até para nos posicionarmos a gente se posiciona pensando não só no Vila, mas também no Campeonato Goiano. Na nossa opinião não iria mudar absolutamente nada a antecipação dessas rodadas até domingo, já que o ciclo social dos atletas continuaria o mesmo e já estavam jogando com portões fechados. Isso terá um impacto muito grande, o campeonato dificilmente continuará. É bom que se diga também que não são só os atletas que estão expostos, nós temos mais até mais contato com outras pessoas do que eles. Quando a gente se posicionou desta forma foi pensando lógico no planejamento do clube, mas também no bem do futebol goiano”, explicou.
A preocupação do presidente colorado é em relação à tabela de classificação que neste momento não pode definir o campeão, as equipes classificadas para a Copa do Brasil ou que garantiram vaga na Série D e muito menos os times rebaixados para a segunda divisão estadual.
“Quem perdeu para mim foi o Campeonato Goiano da próxima edição porque esse nós já tínhamos a concepção de que não teria a mínima condição de continuar a partir da semana que vem, mas com a mesma convicção de que manter até domingo também não alteraria em nada. Entre vencidos e vencedores pouco importa, eu vi muita gente preocupada com seu interesse pessoal”, afirmou.
Hugo Jorge Bravo revelou ainda que as atividades administrativas, bem como as obras que acontecem no Onésio Brasileiro Alvarenga sofrerão algumas alterações. Vale lembrar que tanto as atividades das categorias de base quanto da equipe profissional já foram suspensas por tempo indeterminado.
“Nós faremos uma reorganização do funcionamento do clube, vamos fazer uma espécie de revezamento e com alguns trabalhando apenas meio período. Muda tudo, a possibilidade de captação de recursos, um prejuízo financeiro imenso. Falando de um contexto geral, não só da paralisação, nós perdemos com exploração de bares, venda de materiais e se estava difícil, ficou um pouco mais”, concluiu Hugo.
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