Na noite desta sexta-feira, 14, o Atlético enfrenta o Paysandu em mais uma batalha rumo à Série A do Brasileirão. Caso vença o Papão, o Rubro-negro ficará cada vez mais perto da elite do futebol brasileiro.

Com a iminência da concretização do sonho, os torcedores quase não conseguem conter os ânimos. Para os dirigentes, no entanto, a frieza é necessária. Em participação nos ‘Debates Esportivos’, o presidente do Atlético, Maurício Sampaio, afirmou que, apesar da boa fase, ainda há oito jogos separando o Dragão da glória: “O momento do Atlético é muito bom, mas o acesso está longe. Temos ainda oito jogos”.

Quem vê o Rubro-negro voando na Segundona quase não lembra do fiasco no Goianão. No estadual, o time foi eliminado nas semifinais pelo Anápolis e decepcionou. Com a liderança em mãos, o Atlético surpreende. Para o presidente, vários fatores contribuíram para o salto de qualidade do Dragão.

“O Atlético é um time que teve algumas poucas alterações. O time abraçou uma causa. Tivemos erros durante o percurso, de preparação física. O espírito hoje é diferente. A diretoria conseguiu cumprir suas obrigações com os jogadores. O Marcelo Cabo veio e faz um grande trabalho”, afirmou.

Sucesso e desmanche

Segundo Maurício Sampaio, o Rubro-negro é um time de ‘operários da bola’. Para transformar os ‘trabalhadores’ em líderes da Série B, existe o trabalho de Adson e também o bom ambiente no Urias Magalhães, é o que garante o presidente do clube.

“O Atlético não tem grandes estrelas. São operários da bola que têm foco, determinação. Isso foi conseguido através do treinador, o Adson com toda energia que ele toca o clube. O Adson tem feito um ótimo trabalho no futebol. É um conhecedor profundo da bola. O Atlético hoje é coeso, consistente. O clima é muito bom no Atlético. Dos muros para dentro, não temos problemas”, revela.

A boa fase certamente desperta a cobiça de outras equipes Brasil afora. Enquanto a janela de transferências esteve aberta, vários atletas do Atlético foram assediados por clubes da Série A  e do exterior, mas a maioria permaneceu. Contudo, após o fim da Segundona, a permanência não é questionável. Para manter a base, o presidente atleticano aposta na receptividade do clube e de Goiânia.

“Não sei se vai ter desmanche. Eles abraçaram a causa, gostam do clube. Hoje jogamos com estádio cheio, a torcida abraçou a gente. Isso agrada os jogadores e Goiânia é muito bom de trabalhar, todos gostam”, pondera.

Olímpico

Nos dois últimos compromissos, o Atlético atuou no reinaugurado Olímpico. Em contrapartida ao Serra Dourada, o público compareceu e lotou o estádio. Maurício Sampaio atribui o sucesso do novo recinto à localização e ao ‘calor’ do local.

“O atleticano é ali daquela região de Campinas. Vários vão  à pé. O estádio Olímpico é a cara do futebol goiano. O Serra é longe, frio, de difícil acesso em comparação com o Olímpico. Espero que hoje esteja lotado de novo”, conclui Sampaio.