A participação do Goiás Esporte Clube no Campeonato Brasileiro da Série A não começou como se esperava. Na manhã deste domingo (9) o clube foi informado de que não poderia contar com 10 atletas, oito titulares, para enfrentar o São Paulo no Estádio Hailé Pinheiro. Todos testaram positivo para a covid-19 em teste realizado na última sexta-feira (7).
O departamento jurídico esmeraldino chegou a enviar um ofício à CBF pedindo o adiamento da partida, mas como não recebeu resposta, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o jogo não acontecesse. Após a suspensão, o presidente Marcelo Almeida criticou a demora na divulgação dos resultados dos exames e citou o coirmão Vila Nova, que teve um caso positivo de covid-19 e só tomou conhecimento já em Manaus.
“A CBF vai ter que rever a sua logística. A situação do Vila Nova, por exemplo, os jogadores viajaram sem terem os resultados de seus exames e lá teve a confirmação de um atleta que testou positivo. Ele se deslocou aqui de Goiânia, entrou no avião, colocou em risco uma série de pessoas que ele entrou em contato, mas só ficou sabendo lá em Manaus. Errado! Esses exames têm que ser comunicados aos clubes com uma certa antecedência para que a gente concentre apenas os jogadores que a gente tem certeza que os resultados são negativos”, analisou o dirigente esmeraldino.
O mandatário alviverde pontuou que os atletas se concentraram às 12h do último sábado (8) e que quem não tinha o vírus, pode ter se contaminado durante este período que antecedeu a partida.
“O que aconteceu no nosso caso? Nós concentramos todos os 23 e só fomos saber dos resultados positivos no dia de hoje. Ou seja, todos esses atletas tiveram convivência comunitária ali na concentração durante todo o sábado e hoje. Isso faz com que pessoas que antes estavam negativados, se fizerem o teste hoje, possam testar positivo. Foi uma falha grotesca”, afirmou.
Durante a entrevista Marcelo Almeida revelou que, por se tratar de um campeonato atípico, algumas situações divergentes pudessem acontecer. Entretanto o presidente pontuou que os erros foram maiores do que imaginava.
“Eu não quero apontar o dedo para ninguém, mas quero dizer que o que houve foi inusitado. Houve falha grotesca? Lógico que houve. É uma situação nova, mas eu esperava que os equívocos fossem menores e não tão catastróficos e desastroso como hoje”, pontuou.
O dirigente ressaltou que não foi somente o prejuízo técnico, a tensão ou mobilização, mas também haverá um reflexo nos cofres do clube, já que a partida teria transmissão em TV aberta para todo o Brasil.
“Era um jogo que iria render um quantitativo financeiro bastante satisfatório porque era TV aberta para o Brasil inteiro e não tivemos essa partida sendo realizada. Nós gastamos muito dinheiro arrumando o estádio, arrumando o palco da nossa festa e foi tudo por água à baixo. Uma situação muito ruim, o Goiás gastou muito dinheiro e ninguém vai pagar essa conta”, lamentou Marcelo Almeida.