Depois de ser peça importante na conquista do Campeonato Goiano e nos bons resultados que o Atlético-GO conquistou na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o meia Jorginho terminou a temporada em baixa. De titular absoluto ele passou a ser opção no banco de reservas, geralmente entrando no segundo tempo das partidas quando o rubro-negro buscava a recuperação no Campeonato Brasileiro.

O rendimento abaixo do esperado nos últimos meses deixam indefinido o futuro do atleta, mesmo ele tendo contrato com o clube goiano até dezembro de 2023. Em entrevista à Sagres, o presidente Adson Batista revelou ter conversado com Jorginho e afirmou que novos contatos irão acontecer, até porque a permanência passará pela postura do jogador.

“Vamos ver o envolvimento profissional, a vontade do jogador e a nossa vontade de também ter esse desafio de recuperar um jogador que já foi muito importante. Vamos tentar, mas se as duas partes entenderam que é importante”, destacou o dirigente.

Jorginho chegou ao Atlético-GO em 2013 vindo do rival Vila Nova e após duas temporadas no CT do Dragão foi emprestado para o futebol da Coreia do Sul. Sem se adaptar ao país, retornou à Goiânia e defendeu o clube rubro-negro em 2015, 2016 e 2017, ano em que foi negociado com o Al-Qadisiya da Arábia Saudita.

A terceira passagem de Jorginho começou em 2019, temporada em que conquistou seu segundo acesso para a Série A com o Dragão (o primeiro foi em 2016) e terminou durante o Brasileirão de 2020, após desentendimento com o técnico Vágner Mancini. Na ocasião o destino do meio-campista foi o Athletico-PR, em uma saída conturbada do clube goiano.

Após seis partidas no Furacão, o meia foi negociado com o Ceará, onde terminou a temporada de 2021, sua última equipe antes de voltar ao Atlético-GO em 2022. Os anos no CT do Dragão motivam a diretoria a tentar recuperá-lo para disputar mais uma Série B.

“O Jorginho é um menino muito bom, sem vícios, mas é introvertido. É preciso resgatar a confiança dele e principalmente o envolvimento dele. A gente tem que ter a capacidade de recuperar os atletas que queiram, ele tem que querer também, porque quando o jogador quer jogar no clube e tem envolvimento, você tem que saber recuperar, até porque está muito difícil encontrar jogadores”, explicou Adson Batista.

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Por fim, o presidente lembrou que Wellington Rato está perto de ser negociado e que encontrar um meia com as mesmas características no mercado não é fácil. Por isso, Jorginho seria uma peça importante para o elenco buscar o retorno para a Série A do Brasileirão.

“Ele é um cara que tem o seu valor, ainda mais falando de Série B. Se sair o Wellington Rato, ele é muito útil em uma Série B. Ele fez um campeonato fantástico aqui em 2016 e tem condição para isso”, disse o dirigente atleticano, que concluiu afirmando que não recebeu propostas e nem sondagens pelo jogador.