Desde o nascimento à primeira amamentação, o bebê já a começa a desenvolver a região da boca. Essa evolução, aos poucos permitirá que a criança possa emitir os primeiros sons e, depois, copie os dos adultos. É o que explica a fonoaudióloga clínica e institucional da Acesa Capuava – Associação Cultural, Educacional, Social e Assistencial, Natália Caroline Rovere, ao enumera áreas de estudo da fonoaudiologia.

“São 11 áreas, dentre elas fala, fluência, voz, motricidade orofacial. É claro que uma área acaba se encontrando com a outra, mas elas são divididas assim didaticamente”, afirma.

A jornalista Jéssica Dias e a fonoaudióloga Natália Caroline Rovere no STM #120 (Foto: Sagres TV)

De acordo com Natália Rovere, o teste da orelhinha é o primeiro pelo qual a criança passa logo que nasce. “Deve ser feito na maternidade mesmo, que é a triagem auditiva neonatal. Em cada faixa etária a gente espera uma resposta. De 1 a 3 meses, por exemplo, a gente espera que o bebê olhe, que ele sorria, dê as risadinhas, então essa é a forma de comunicação, o choro”, explica.

O momento das primeiras palavras é um dos mais esperados por todos. Segundo Natália Rovere, ela só devem acontecer com aproximadamente 1 ano de idade.

“Com 1 ano, ela já tem que falar algumas palavrinhas isoladas, por exemplo mamãe, papai, água. Com 1 ano e meio, já precisa juntar duas palavrinhas, começar pequenas frases. Com 2 anos, já deve compreender ordens e formar frases maiores”, esclarece.

Tão importante quanto observar essa cronologia no desenvolvimento da criança, é notar se algo de errado, como algum atraso. Nestes casos, Natália Rovere recomenda a procura por um especialista.

“É super importante buscar sim uma avaliação. Acontece que algumas vezes alguns profissionais da saúde ainda têm uma visão mais antiga de falar ‘não, espera até os 3 anos, até 5 anos’, mas isso é um mito. A partir do momento que a criança já tem 1 ano, 1 ano meio, não fala nada, não interage, não se comunica, já pode procurar uma avaliação. Nós temos hoje a estimulação precoce, que é quanto antes a criança chega para o atendimento, mais cedo começa a estimular. Então percebeu alteração, é importante procurar um profissional, um fonoaudiólogo para avaliação de linguagem”, argumenta.

Confira a entrevista a seguir no STM #120