A Agropecuária goiana deve crescer 3,7% em 2022, com projeção de geração de R$ 108,8 bi em 2022. Em entrevista à Sagres, o coordenador institucional do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Leonardo Machado, explicou que o bom resultado do Valor Bruto da Produção (VPB) tem destaque para soja e cana-de-açúcar, além da recuperação do milho. “E acreditamos que esses valores podem ser ainda maiores, uma vez que nos próximos levantamentos a pecuária também deve registrar bons números”.

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Diante da recuperação na produção, fica a expectativa para a diminuição dos valores desses produtos no mercado interno. Porém, Leonardo detalhou que para isso ocorrer, três fatores serão determinantes.

“Primeiro, a nossa safrinha, que se a gente tiver bons volumes de chuva, é esperado que tenhamos um recuo no preço; segundo fator é a safra no hemisfério norte, dos Estados Unidos, principalmente. Se eles plantarem uma boa safra, com clima favorável, podemos ter queda nos preços internacionais; e o terceiro fator é o câmbio, se o dólar continuar nesse processo de queda, de redução, podemos ter melhoras nos preços. Mas a gente sabe que esse ano é de eleição e perto do pleito o dólar pode subir”, disse.

O coordenador esclareceu que as commodities, por exemplo, são precificadas em bolsas internacionais e, por isso, é preciso contar com fatores externos para projetar o preço do produto para venda dentro do Brasil. Além disso, há a questão climática, que afeta principalmente o hortifruti.

“A oferta e a demanda são internacionais. O milho vem de cinco safras em que o consumo tem ultrapassado a produção mundial, é o principal grão produzido e consumido no mundo. Agora o hortifruti, quando chove demais, há um excesso de doença e isso resulta em uma colheita menor. É o caso do tomate e da cenoura. O agro é muito dinâmico e diversificado”, destacou.

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