A produção goiana de grãos deve ultrapassar 30,4 milhões de toneladas no ciclo 2021/2022. O 7º Levantamento da Safra, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revisa para cima a estimativa publicada no mês passado (30,1 milhões) e indica um crescimento expressivo em relação ao ciclo 2020/2021: 23,5%.

As projeções para área plantada total e produtividade total também são positivas: altas de 2,4% e 20,6%, respectivamente. A alta na produção goiana é puxada principalmente por milho e soja.
 
Somadas, as duas safras goianas de milho devem entregar 12,3 milhões de toneladas no ciclo 21/22, crescimento de 46,3% na comparação com o ciclo anterior. Com o resultado, Goiás deve manter a terceira posição nacional entre os maiores produtores. Já a produção goiana de soja deve aumentar 9,4%, passando de 14,6 milhões para 15,9 milhões de toneladas e colocando o Estado como segundo maior produtor nacional da oleaginosa no ciclo atual.

O Paraná, que ocupava o segundo lugar, tem estimativa de queda na produção devido à forte estiagem e deve perder a posição. O mesmo problema afeta o Rio Grande do Sul.
 
Vale destacar ainda a estimativa para o sorgo. Goiás já é o maior produtor nacional do cereal e deve ampliar a diferença para o segundo colocado (Minas Gerais). A produção goiana deve atingir 1,4 milhão de toneladas, alta de 59,4% em relação ao ciclo 20/21.
 
Cana-de-açúcar
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou nesta quinta-feira o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que abrange produtos como banana, café arábica, cana, laranja, mandioca, tomate e uva. Com maior peso para o agronegócio goiano, a produção de cana-de-açúcar deve crescer 3,4%, chegando a 75,1 milhões de toneladas e colocando o Estado na terceira posição entre os maiores produtores brasileiros.
 
Chamam atenção também as estimativas de expansão do café arábica (4,8%) e da uva (13,3%). Há projeção de retração no tomate (-4,1%), na mandioca (-2,1%), na banana (-0,3%) e na laranja (-0,1%). No caso do tomate, porém, o IBGE aponta que, apesar da queda no volume, Goiás deve manter o posto de maior produtor nacional do fruto.