Inovação, educação, sala de aula, novas aprendizagens, tudo isso está no “África, um continente diverso”, um projeto de ensino antirracista, da professora Lavínia Rocha, que foi indicado a um prêmio que valoriza as boas iniciativas na educação.
Para falar um pouco mais sobre o projeto, o Sistema Sagres de Comunicação recebeu no Tom Maior a Lavínia, que, além de professora de história, é também escritora. Ela conta que sua primeira experiência foi com turmas do 5º e 8º ano, exatamente na volta à sala de aula, depois do ensino remoto por conta da pandemia.
“Eu pensei que precisava de coisas inovadoras para ensinar esses alunos que estavam voltando também. A educação como recebi não vai funcionar tão bem mais pensando em novas ideias e metodologias. Esse projeto vem muito da necessidade que vi dos meus alunos entenderem as questões raciais, alguns até enquanto crianças negras, e reinterpretar um pouco a história de como foi contada”, explica.
Lavínia Rocha afirma que o primeiro passo foi ensinar o pertecimento histórico, em que por muito tempo mulheres, crianças, negros e outros grupos foram desconsiderados personagens da história. “Fui trabalhando raças com eles ao longo do ano até chegar no continente africano. Trabalhamos civilizações de forma geral, e fomos falar dos povos iorubás”, pontua.
“Para trabalhar o continente, eu fiz o antes e perguntei a eles o que pensam quando eu falo África. Eles me jogaram palavras que às vezes estão mesmo na nossa cabeça, como safari, pessoas doentes, ou turbante, candomblé. Mas, depois de estudar de fato, mergulhar no livro, pesquisar, assistir vídeos, fazer atividades e ações em casa com os pais, eles me trouxeram um quadro bem mais cheio e perceberam como mudaram as suas imagens”, completa.
Assista à entrevista na íntegra a seguir:
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 10 – Redução das Desigualdades
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