No mesmo dia em que a Justiça de Goiás autorizou a reabertura das academias de ginástica em no Estado, o procurador geral de justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Aylton Flávio Vechi, entrou com o pedido de suspensão da decisão, por meio de uma decisão liminar. No pedido, Vechi argumentou ser praticamente impossível assegurar que o simples distanciamento entre as pessoas evitará o contágio pela covid-19.

As academias estão fechadas por conta de um decreto do governo estadual, que estabeleceu medidas para conter a disseminação do novo coronavírus. E o procurador geral de justiça entendeu que o valor da vida não pode ser mitigado para a preservação de uma atividade empresarial.

Em entrevista ao Manhã Sagres, desta sexta-feira (22), o advogado Ovídio Inácio Ferreira Neto, que representa os profissionais da educação física e donos de academias, alega que o objetivo do mandato de segurança ingressado pela categoria é de justificar que eles são ciência e não apenas estética ou recreação.

O advogado destaca ainda que os proprietários de academias estão autorizados a abrirem as portas desde ontem com a decisão liminar. “Inclusive, muitos colegas já estão com as academias abertas com todas as medidas sanitárias de biossegurança adotadas neste momento”, revela.

Ovídio Neto ressalta que a medidas de precaução e escalonamento progressivo foram colocados na petição. “Nós não somos irresponsáveis. Não tem como voltar para a realidade anterior que era a pandemia. Por isso, fizemos com o máximo de cautela, de uma forma que viabilizasse ao mesmo tempo a proteção à saúde e os interesses econômicos de todos os profissionais da educação física do estado de Goiás”.

Segundo o advogado ontem mesmo, logo após a suspensão do MP-GO, foram mobilizados amigos e membros da educação física e formularam uma impugnação a suspensão emitida pelo procurador geral de justiça do MP. Ele conta que o documento foi apresentado por volta das 00:20h e o processo já está concluso com vice-presidente do Tribunal de Justiça desde as 5:20h de hoje. Sendo assim, a decisão pode sair a qualquer momento.

*Com reportagem de Rafael Bessa