Projeto que prevê o retorno dos cobradores ao transporte coletivo de Goiânia esquentou o debate na Câmara de Vereadores. A autora do projeto, Tatiana Lemos, do PCdoB, ouviu críticas dos colegas quanto à possibilidade da proposta ser sancionada pelo prefeito Paulo Garcia (PT).

O vereador Milton Mercez, do PTB, foi a Tribuna e disse que não é contra o retorno dos cobradores, mas não concorda com o projeto porque os vereadores não podem legislar sobre o transporte coletivo.

“É inconstitucional. A partir da hora que vota um projeto e ele é votado, é mentir para o povo. Não temos competência para fazer leis para o transporte coletivo”, argumentou.

A vereadora Tatiana Lemos rebate as críticas dos colegas. Ela diz que a prerrogativa de legislar sobre o transporte coletivo é das cidades, segundo a Constituição, e que o posicionamento contrário ao projeto atende apenas aos interesses das empresas do setor.

“Cabe a cidade fazer isso, mas a questão não é essa, mas os interesses políticos e financeiros que são bem maiores. Hoje o transporte está nas mãos de poucas famílias, por que não tomam uma posição em relação a isso, por que não municipalizar o transporte”, questionou.