(Foto: Reprodução/ ONU)

A procuradora-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI, disse esta quarta-feira que acompanha com preocupação os planos para desalojar a comunidade beduína da aldeia de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia.

Em comunicado, emitido em Haia, na Holanda, Fatou Bensouda afirma que parece agora iminente que a retirada desses moradores será forçada e o resultado disso são previsões de maior escalada da violência.

Cerca de 180 pessoas vivem em casas precárias em Khan al-Ahmar, uma área situada entre dois assentamentos a 8 km a leste de Jerusalém.

O local começou a ser habitado nos anos 50 por membros da comunidade beduína deslocada do deserto de Negev, no sul. Especialistas das Nações Unidas já pediram a Israel que permita a permanência da comunidade no local.

Transferências

A promotora lembra que, de uma forma geral, a destruição de propriedade em larga escala sem necessidade militar e transferências da população em território ocupado podem ser considerados crimes de guerra segundo o Estatuto de Roma.

Bensouda disse estar alarmada com a continuação da violência causada por ambos os lados, na cerca que separa Gaza de Israel.

Exame

A representante destacou que estando encarregada da situação palestina, lembra a todas as partes que a situação continua sob exame preliminar do seu escritório.

Ela declarou que continua acompanhando de forma atenta os desenvolvimentos que ocorrem no terreno e que não hesitará em tomar medidas adequadas como prevê o mandato dado no tratado que criou o Tribunal Penal Internacional.