O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) anunciou que não vai apoiar o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições em Goiás. O partido apoiará nacionalmente a candidatura de Lula à presidência. O petista escolheu Geraldo Alckmin (PSB), que por muitos anos foi um dos nomes mais fortes do PSDB, partido de direita, para ser o vice da chapa. 

Em entrevista à Sagres, a presidente do PSOL Goiás, Cíntia Dias, comentou a decisão do partido de apoiar a composição Lula – Alckmin nacionalmente.

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Ouça “PSOL não se aproxima de José Eliton e não apoiará o PT em Goiás” no Spreaker.

“A gente quer combater o fascismo, então nós aceitamos e engolimos a figura do Alckmin. Então diante do fascismo e da possibilidade da gente não ter democracia, nós vamos apoiar a decisão do PT de estar com o Geraldo Alckmin”, argumentou.

Em Goiás, o partido tomou decisão contrária em relação à presença de José Eliton no PSB. Cíntia analisou que é difícil falar por outra sigla partidária e fazê-la seguir determinado caminho, mas afirmou que o PSOL pode falar por si mesmo e seguir o próprio caminho nas eleições.

“Nós defendemos uma frente de esquerda, e em todas as discussões que a gente tem feito com a nossa militância, dentro da nossa organização, é que o PSB não tem apresentado figuras como esquerda. A gente ainda entendeu que contra o fascismo, diante do processo fascista, da ditadura, na nacional é a gente fazer uma aliança com o Lula, um apoio ao governo do Lula, apoio crítico e aceitar a composição do PSB com a figura do Alckmin”, relatou Dias.

A presidente do PSOL regional analisou a diferença da composição nacional de apoio do partido para a realizada em Goiás. Segundo ela, figuras como José Eliton, Marconi Perillo e Ronaldo Caiado possuem políticas semelhantes.

“Estamos falando de figuras extremamente antidemocráticas, truculentas diante de reações contrárias das posições deles dos trabalhadores e das trabalhadoras, com essas figuras a gente não tem condição de andar, nem com Marconi Perillo e nem com José Eliton. Já o PT indicou que tem sim perspectiva de fazer um alinhamento e de caminhar tanto com o ex-governador José Eliton quanto com o ex-governador Perillo, para poder colocar-se frente a frente a Caiado, nós entendemos que não”, afirmou.

O PSOL está caminhando para anunciar candidatura própria para o Estado de Goiás nas eleições deste ano. Cíntia Dias afirmou que a expectativa do partido é compor uma chapa majoritária completa e que a sigla tem trabalhado o tema em seu diretório. A presidente explicou como o PSOL pretende fazer isso.

“Falar e reforçar os nossos contatos com os movimentos sociais, convidar os partidos de esquerda progressistas que estão ainda soltos e fazer uma frente mesmo, ampliar e propor uma frente de esquerda capaz de se colocar como alternativa nessas eleições. Talvez a única candidatura de esquerda, porque se tem a candidatura do José Eliton e não é esquerda”, afirma Cíntia.

Confira a entrevista a partir de 41:55

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