A direção do Partido dos Trabalhadores em Goiás, em conjunto com a nacional, considera não ter candidatura própria ao governo estadual e apoiar o nome do ex-governador José Eliton, que teve pré-candidatura oficializada pelo PSB na última segunda-feira (25). Avaliação é de que a formação de frente ampla em oposição a Ronaldo Caiado (UB), no cenário regional, e Jair Bolsonaro (PL), no nacional, depende da construção das alternativas mais viáveis possíveis, de forma pragmática.
“Nós vamos fazer uma rodada de conversas dentro do partido, né? Ouvir todas as lideranças, a direção nacional também, para que a gente possa tomar uma decisão de forma participativa. O PT tem falado, inclusive o Wolmir tem sido muito maduro nos posicionamentos, que nós vamos fazer o que for melhor para eleger o Lula e derrotar o Caiado. Essa proposta (Eliton) foi apresentada de forma oficial e nós vamos colocar na mesa e buscar ampliar o palanque do Lula”, avalia a presidente regional do PT, Katia Maria.
Até agora, o PT trabalhava com a pré-candidatura própria do ex-reitor da PUC, Wolmir Amado, que foi apresentado nos 14 encontros regionais do partido realizados até agora, de um total de 27. As últimas agendas ocorreram no fim de semana, com reuniões em São Miguel do Araguaia, Porangatu e Uruaçu. O PT tem prazo definido até o dia 29 de maio para oficializar a pré-candidatura para que o escolhido tenha tempo de trabalhar por alianças até o prazo das convenções. O PSB antecipa e espera decisão até dia 15 de maio. “Vamos tentar antecipar e anunciar em alguma data entre esses dias”, diz Katia.

Histórico
Questionada pela Coluna sobre as divergências históricas em Goiás entre petistas e o ex-governador José Eliton, Katia Maria aponta que a resistência existe, mas que deve ter menos peso na decisão a ser tomada sobre o candidato do grupo formado entre PT, PSB, PCdoB e PV.
‘Menor’
“As críticas que a gente teve ao governo e à gestão não somem. Elas existem. Só que, com o momento político que estamos vivendo e o sentimento, tanto a nível nacional quanto estadual, é de que na hora da avaliação isso precisa ser menor. Será contabilizado, mas isso não pode ser maior do que a crise que estamos vivendo”, afirma a petista.

Sem chance
A filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende, voltou a negar qualquer possibilidade de figurar como candidata nas eleições deste ano. Ela rejeitou, desta vez, possibilidade aventada por Alexandre Baldy (PP) para que ela fosse primeira suplente ao Senado.
Herança irista
Ana Paula já havia descartado o convite feito pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota) para que ela fosse candidata a vice-governadora. Ela aponta que não há qualquer possibilidade de participar das eleições e que trabalha para história do pai seja reconhecida com a grandeza que ela merece.

Presidenciável
Apesar dos baixos índices de intenção de voto à presidência, e talvez exatamente por isso, o ex-governador de São Paulo gasta sola de sapato pelo país e vem a Goiás nesta quinta-feira (28). O primeiro compromisso do tucano será visita à Basílica do Divino Pai Eterno e a Vila São Cotollengo, em Trindade.
Regional
Doria deve se reunir com lideranças do diretório do partido estadual e municipal em Goiânia. A agenda é organizada de perto pelo presidente do PSDB em Goiás, Marconi Perillo, que acompanhará João Doria em todas as agendas.

Calma lá
O ex-ministro da Economia, Henrique Meirelles (UB), adotou defesa da reforma trabalhista, gestada na administração de Michel Temer, e contra discurso do ex-presidente Lula de revogar as mudanças.
Argumentos
Para o anapolino, “revogar a reforma trabalhista é uma ideia retrógrada”. “Da mesma forma que a tecnologia evolui e permite o surgimento de novas atividades, é necessária uma revisão da legislação trabalhista para garantir que esta se ajuste aos novos tempos e proteja os trabalhadores do desemprego”.
Mais ainda
“É óbvio que a lei não resolve nada sozinha. É necessário aprovar um conjunto de reformas – incluindo administrativa e tributária – para dar condições de gerar vagas formais de emprego”, afirma Meirelles. “Se estamos com inflação elevada, se a política fiscal está sem credibilidade, se tem uma bomba fiscal à frente, a Reforma Trabalhista simplesmente impediu que a situação da economia do país estivesse ainda pior”, avalia.