A primeira semana de intertemporada já se foi no Vila Nova e com ela vem aumentando a expectativa de como o clube vai voltar após a paralisação para a Copa do Mundo. Na Série B, o Tigre ainda não venceu, poucos gols marcados e ainda não emplacou. O time acumula recordes negativos, exceto pelo fato de ser o segundo time que mais dribla nesta edição.

Nesta semana fiz uma entrevista que me deu subsídios para entender um dos fatores, dentro de campo, que levaram o clube a esta péssima situação. Nada que seja razão principal, mas um fator que contribui para a falta de força do time em campo: preparo físico.

Na parte final do Campeonato Goiano 2013, quando Alexandre Irineu chegou ao estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, o time ganhou força e fôlego para superar o rebaixamento no campeonato estadual. Durante a Série C, o time tinha suas limitações, no entanto, “pernas“ para lutar nunca faltaram.

O condicionamento físico não é um milagre, mas sem ele, o elenco perde toda a sua competitividade. Sidney Moraes não dava espaço para atividades físicas mais intensas em sua preparação, queria condicionar jogando. Ele e a filosofia não resistiram a inoperância da equipe, a falta de gols e os farelos de resultados. De acordo com o integrante da comissão técnica, o Vila ficou 80 dias sem este tipo específico de trabalho e agora vai suar sangue para pagar esta conta.

Confira o áudio na íntegra:

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Alexandre Irineu está empolgado com a nova academia a disposição da comissão técnica. Os materiais foram adquiridos com o dinheiro vindo da contribuição mensal dos conselheiros. A reforma do espaço foi iniciada por Geso de Oliveira e concluída por Joas Abrantes. Parabéns ao conselheiro Rafael Augusto pela plotagem com imagens históricas do clube. Bela iniciativa.

PÉ NO FREIO

O atacante Rafael Oliveira se apresentou com atraso, se recusou a treinar e deixou claro que não quer vestir a camisa do Vila Nova. O jogador quer apenas os dias trabalhados para pegar a rescisão de contrato. Que dilema tem a diretoria: Dá a rescisão e o deixa sair ou o mantém, mesmo insatisfeito, para demonstrar uma falsa mão firme?

Sinceramente, o Vila Nova não vai mudar a legislação que momento dá mais força ao jogador que se estiver fora dos planos quer a rescisão por completo, se quiser sair, não há quem o faça ficar. Por isso, é melhor ter no dia a dia, jogadores que acreditam poder livrar do rebaixamento a insistir com pessoas que não estão nesta linha de pensamento.

Rafael Oliveira é um bom jogador e só não se deu bem em sua passagem pelo Vila Nova porque o mundo colorado está de pernas para o ar. Newton Ferreira e Lúcio Antônio Rodrigues deveriam ter pesquisado o histórico do atacante, esta não é a primeira vez que força um retorno para Belém depois de deixar sua cidade natal.

Se quiser ir que vá, presidência/diretoria tem pouca energia e precisa gastá-la com situações mais importantes.

PATROCINADOR

Quando a fase não é boa, as notícias são cada vez mais surpreendentes. Me lembro quando o presidente em exercício Rodrigo Nogueira anunciou o patrocínio da DRC para estampar a marca na camisa do Vila Nova (na região das costelas), existia a empolgação de buscar qualquer montante para ajudar o clube. Nesta semana, observando o banner, eu não vi a marca e questionei ao dirigente sobre a ausência. Ele me explicou que a marca foi retirada da camisa e do banner por falta de pagamento e prometeu buscar na justiça a execução do contrato no valor integral. Este patrocínio foi negociado por ele e o Marley (ex diretor de marketing do clube).