O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) anunciou nesta quinta-feira (19) o fim da greve na rede municipal de ensino de Goiânia. Entretanto, a presidente da entiade, Iêda Leal, fez questão de ressaltar que “o movimento continua”.


Ouça a entrevista na íntegra:

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“Nós fizemos uma avaliação, um balanço, e de fato resolvemos colocar fim a greve, mas não ao movimento”, anunciou Iêda, em entrevista à RÁDIO 730. “O movimento continua porque as reivindicações estão postas, e nós precisamos avançar um pouco na questão dos direitos dos trabalhadores em educação no município de Goiânia”, complementou.

Ela explicou que o fim da paralização se deu pelo fato de que a maioria dos professores já haviam retornado às atividades. Apenas 1% da categoria ainda estava de greve. Segundo Iêda, o recuo dos profissionais que estavam no movimento se deu devido às pressões sofridas pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

“As retaliações foram fundamentais para que a categoria pudesse entender que era hora de estar voltando para as escolas, reabrindo as escolas, atendendo também o anseio dos pais dos alunos, mas também não desestir jamais da mobilização”, declarou a presidente do Sintego.

Multa

Em junho a greve dos professores foi decretada ilegal pela Justiça, e no mês seguinte o Sintego foi notificado para que pagasse uma multa de R$ 20 mil por cada dia que mantivesse a paralização.

O total da multa está calculada hoje em R$ 580 mil, mas o caso ainda está na Justiça. “A greve é legal, nós vamos recorrer, estamos recorrendo”, garantiu Iêda Leal.

Reposição das aulas

A presidente do Sintego assegurou que as aulas perdidas serão repostas. A paralização começou no dia 20 de maio. “Nós vamos sentar com a comunidade escolar, vamos elaborar esse calendário, vamos submeter a avaliação dos pais, todos os trabalhadores, para a gente garantir uma reposição de conteúdo, uma reposição que dê conta, para que elas de fato possam estar sendo atendidas, e feito um calendário que não extrapole muito o ano de 2011”, disse Iêda.

Com a garantia de que os professores irão repor as aulas, Iêda Leal afirmou que trabalha para que a não seja feito o corte de pontos pela SME. “Nós estamos solicitando formalmente para que não haja corte de pontos, para que não possa haver de fato nenhuma perda dos trabalhadores de educação”.