Citado em conversas com o empresário Carlos Augusto Ramos, o deputado federal Leonardo Vilela relata em entrevista à Rádio 730 que ao longo de quatro anos de investigação foram gravadas apenas duas conversas com o contraventor.

Leonardo assume o contato e justifica que solicitou um emprego para sua filha na indústria farmacêutica onde a ex-esposa de Carlinhos é diretora. “É uma conversa que não envolve uso de recursos públicos, tráfico de influências, nenhuma irregularidade. Não sou investigado pela Polícia Federal”.

Questionado sobre o pedido feito ao empresário para se reunir com o senador Demóstenes Torres (Sem Partido), Leonardo afirma que tentou sem sucesso contato com Torres. Sabendo da amizade entre Cachoeira e o senador, foi sugerido que Leonardo procurasse Carlos Augusto. Segundo o deputado, o objetivo da conversa com o ex-democrata era a discussão de alianças em Goiânia.

O parlamentar destaca o fato de que na época do contato, Cachoeira não havia sido indiciado. “É preciso parar com hipocrisia, é preciso separar o joio do trigo, contatos telefônicos ou pessoais, por si só, não são crimes. Crime são conversas não republicanas, atos irregulares que provocam prejuízos ao patrimônio público”, diz Vilela. Leonardo assegura que não possui relação de amizade, política ou de negócios com o bicheiro.