A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Imperador. O objetivo é desarticular uma quadrilha que fraudava o INSS em Goiás e em outros estados. O grupo atuava também no Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal. O crime era cometido por meio da fiscalização de certidões de nascimento, como explica a delegada de Combate a Crimes Previdenciários da PF, Marcela Rodrigues Vicente.

“Inicialmente eles falsificavam certidões de nascimento oriundos dos estados do Piauí e Maranhão, e estes autores atuam tanto como beneficiário, postulando o benefício, como acompanhante do beneficiário, representante, procurador e até mesmo fornecendo comprovante de endereço, tudo com nome de pessoas fictícias”, esclarece.

A PF chegou até a quadrilha por meio de uma denúncia realizada junto à Previdência Social, como ressalta o chefe de assessoria estratégica da Previdência no Combate a Fraude, Marcelo Ávila. “Nós recebemos denúncia de que pessoas estariam vindo do Piauí para se aposentar aqui no DF e Goiás. Verificamos coincidências de fotos em documentos diferentes, os endereços utilizados eram coincidentes de pessoas diferentes, telefone utilizado para o agendamento também coincidia. Reunindo todos estes indícios, concluímos que havia um esquema estruturado de fraude”, ressalta.

Entre os benefícios recebidos fraudados estão Vale Social, pensões por morte, amparo social ao idoso e seguro desemprego. A delegada responsável pelo caso, fala sobre o prejuízo causado à Previdência e ressalta que as investigações continuam.

“Prejuízo de R$ 2,6 milhões, com os valores dos benefícios já pagos e um prejuízo de cerca de R$ 9 milhões. As pessoas são fictícias, elas não morrem, só o cartão que vai passando de pessoa para pessoa. Nós vamos continuar a investigação e a intenção é identificar servidores públicos envolvidos nesse processo de falsificação documental”, afirma.

Dos 22 mandados, 11 são de prisão preventiva e um de temporária.

Com informações da repórter Juliana Gomes