Durante essa semana no programa Hora do Esporte, na apresentação de Wendell Pasquetto, os comentaristas da Sagres 730 debateram sobre os grandes ídolos do futebol goiano. No Goiás – acompanhe aqui também a discussão sobre os jogadores que mais marcaram por Atlético e Vila Nova -, nossos analistas elegeram Luvanor.

José Carlos Lopes, que não escondeu a preferência por Luvanor, fez a ressalva de que o Goiás “talvez por ter jogado competições nacionais e a Série A, é o que tem mais jogadores que aparecem, e são vários. Tem Harlei, Araújo, Fernandão, Tuíra, Lincoln, Uidemar e tantos outros, mas por que escolhi o Luvanor? O Luvanor foi aquele que me fez ‘virar a chave’”.

Repórter do clube por muitos anos e hoje comentarista, explicou que “vim de Mineiros torcendo mais para o Santos do que para o Goiás. Em 83, no campeonato que foi a primeira grande classificação do Goiás, quando bateu de frente com Flamengo, Santos, Atlético Mineiro, que eram os grandes times da época, o Luvanor foi super decisivo e arrastou o Goiás, com todos os outros colegas, como Carlos Alberto, Cacau e todo um timaço”.

Por sua vez, Evandro Gomes ressaltou que “para mim, o critério de idolatria é daquele jogador que arrasta a torcida para o campo, não aquele que foi mais importante por uma situação ou outra. Teve o Araújo, que levava a torcida, o Luvanor, que também marcava muitos gols, o Fernandão, que era um ídolo, o Dill, que era um ídolo porque marcava muitos gols, principalmente contra o Vila Nova, e isso a torcida gosta. Mais recentemente, um jogador que arrastava gente para o estádio era o Michael”.

Contudo, seu voto foi outro, para “um cara que arrastava multidões para o campo, que marcou o primeiro gol goiano do estádio Serra Dourada e o primeiro gol do Goiás no Campeonato Brasileiro, em 73. Ele marcou muitos gols, marcava com a direita, com a esquerda, com a cabeça e foi um ídolo marcante na história do Goiás: Lincoln de Freitas Neves, eu fico com ele”.

Para Tim, “o Goiás teve vários craques e revelou muitos grandes jogadores, como os citados pelo Lopes e pelo Evandro. Respeito demais a opinião deles, porque viram os mais antigos e os mais recentes. Para mim, por tudo o que vi e por ter sido jogador de futebol, e sei o quanto é difícil fazer várias temporadas bem feitas, eu fico com o Harlei, porque a história do Harlei dentro do Goiás se tornou muito bonita pelo tempo que ele ficou. Foram vários anos como titular absoluto conquistando títulos e fazendo boas temporadas”.

Do lado de José Carlos Lopes, Charlie Pereira acrescentou que Luvanor participou de duas importantes gerações do Goiás, “aquela geração da década de 80, que tinha o timaço com Edson, Carlos Alberto Santos, Cacau e Zé Teodoro. Então ele sai para jogar na Itália, no Flamengo, no Santos e no Vila Nova, e em 90 volta para ser fundamental em uma campanha que o Goiás chega a uma decisão de Copa do Brasil contra o Flamengo”.

A equipe na época, lembra Charlie, “tinha um timaço com Luvanor, Cacau, Niltinho, Túlio Maravilha, Eduardo, Richard, Lira e Wilsinho. Já era uma outra geração e o Luvanor teve o privilégio de participar e ser protagonista nas duas. Existe em volta do Luvanor uma situação emblemática, a primeira grande negociação do Goiás e a primeira para o exterior. Com essa negociação, na época se não me engano 1 milhão de dólares, que era muito dinheiro, o Goiás compra um grande patrimônio, que é a área do centro de treinamento”.

Revelado pelo clube esmeraldino, Luvanor jogou em duas oportunidades no Goiás, primeiro entre 1977 e 83, depois entre 1990 e 91. Foram quatro títulos do Campeonato Goiano, em 1981, 83, 90 e 91, e uma marcante campanha no Campeonato Brasileiro de 1983, quando a equipe chegou até as quartas de final do torneio, eliminado pelo Santos fora de casa. Destaque nacional, foi negociado com o Catania, da Itália, onde acompanhou grandes craques brasileiros, como Zico, Júnior, Falcão, Sócrates e entre outros.

Confira o debate dos comentaristas da Sagres 730 sobre o maior ídolo do Goiás

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