Volto ao final da década de 80, quando o álbum do Campeonato Brasileiro era uma febre. Trocar figurinhas com os colegas de rua e da escola era um dos programas preferidos de adolescentes da minha geração.Quando faltava apenas uma para fechar o álbum, era uma agonia sem fim. Sair comprando os pacotinhos nas bancas de revistas, era na maioria das vezes um desperdício – jogar dinheiro fora. Você tinha que ter uma rede de colecionadores com o mesmo problema.

A “bendita” última figurinha.Me lembro que em uma edição do Brasileirão, estava faltando apenas o mascote do Goiás Esporte Clube para fechar a minha coleção.O simpático periquito era uma raridade entre meus parceiros. A competição já caminhava para o final, quando meu amigo Aurélio conseguiu encontrar uma repetida e me chantageou durante a negociação. Tive que trocar 25  figurinhas pela que faltava para completar o meu álbum.

A volta dos fatos do passado tem uma explicação. O debate que vem sendo travado em torno do novo mascote do Verdão. Não gostei da nova roupagem do periquito. A imagem viril do personagem no momento em que a violência é um tema muito presente no futebol não foi uma boa.O mascote perdeu a simpatia. Trocar aquela imagem do periquito, que foi desenhado por nada mais nada menos, que Ziraldo, um dos principais cartunista do Brasil é algo que vai contra um elemento histórico da agremiação.Eu não trocaria a figurinha.

Copa do Brasil

Foi bom e ruim o empate do Goiás em Florianópolis diante do Avaí. Sofrer um gol aos 47 minutos, em um lance de falta de comunicação entre zagueiro e goleiro, tira o torcedor do sério. Por outro lado o resultado pode ser enaltecido, já que no confronto de volta no Serra Dourada com o apoio da torcida, o Verdão é o grande favorito.Vou utilizar um comentário do companheiro Ronair Mendes para definir o jogo da Ressacada: O camarada acha 200 reais na rua (duas notas de 100), mas acaba perdendo uma delas logo na sequência. No final, ele acabou saindo no lucro.