Mais de 900 mil deslocados vivem atualmente em dezenas de acampamentos em Cox’s Bazar e região. (Foto: UNHCR/Andrew McConnell)

Proteger do cólera quase 1 milhão de refugiados rohingya que estão vivendo em Bangladesh é prioridade para a Organização Mundial da Saúde, OMS. Nesta terça-feira, em Genebra, o diretor de Operações de Emergência da agência fez um alerta sobre a situação.

Segundo Richard Brennan, ainda existem muitos riscos para a população que fugiu de Mianmar, uma vez que a maioria dos refugiados em Bangladesh está em acampamentos superlotados, sem condições adequadas de saneamento.

Temporada de Chuvas

Além disso, a temporada de chuvas de monção e de ciclones se aproxima com o risco de enchentes e deslizamentos de terra. A OMS lembra que a crise de refugiados rohingya começou em agosto do ano passado, quando mais de 670 mil pessoas deixarem o estado de Rakhine, em Mianmar, por conta da violência, e buscaram refúgio em Bangladesh.

Atualmente, são mais de 900 mil deslocados vivendo em dezenas de acampamentos em Cox’s Bazar e região. O representante da OMS, Richard Brennan, garante que as taxas de mortalidade entre os refugiados continuam baixas, o que é uma “grande conquista”.

Vacinação

Uma campanha de vacinação contra o cólera já começou. A doença causa diarreia severa e pode ser fatal se não for bem tratada. Apesar da ameaça, a OMS destaca que o cólera é “apenas uma preocupação entre tantas prioridades”, como garantir água potável e saneamento aos rohingya.

Cerca de US$ 950 milhões são necessários para ajudar os refugiados rohingya, mas apenas 16% do montante foi financiado até o momento.