Incrível como ninguém do mudo político goiano está seguro de seu futuro.

A condução da formação do novo governo faz do governador Marconi Perillo (PSDB) a incógnita da vez para aliados e opositores.

As dúvidas sobre as nomeações, o alcance dos cortes na estrutura, principalmente em se tratando de comissionados, tudo é motivo de angústia e apostas.

No fundo, estão todos alertas porque ninguém sabe de verdade onde está o inimigo.

Quem do governo quer a prefeitura de Goiânia olha para o lado e não vê apenas Iris Rezende (PMDB) como possível adversário.

Provavelmente o maior adversário de todos os partidos da base de Marconi seja o PSDB, que planeja não ceder mais a cabeça de chapa a um aliado. Isso está expresso na linhas e entrelinhas dos tucanos animados com 2016.

Como todos são adversários de todos, resta a dúvida sobre como vai agir o governador, dono do processo depois da quarta vitória.

Marconi vai entrar com tudo na disputa em Goiânia?

Vai esticar a corda na relação com aliados como Jovair Arantes (PTB)?

Vai dar corda a Jayme Rincón para que se enforque ou lace a candidatura em seu nome?

A tensão é boa para o governador. Ele pode agir como quer mantendo esse clima de expectativa no ar.

Ao deixar expresso, nos atos e palavras, que pode ser amigo ou inimigo, mediador de destinos eleitorais incertos, Marconi fica em paz. A guerra da vez não é sua.