(Foto: Sagres TV)

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O deputado federal Vitor Hugo (PSL/GO), líder do Governo na Câmara dos Deputados, reconheceu à Sagres 730 nesta quinta-feira (26) ser tenso o clima entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o presidente Jair Bolsonaro. Ontem Caiado rompeu com o presidente em resposta a seu pronunciamento na noite de terça-feira, em cadeia nacional de rádio e televisão, quando ele pediu a volta à normalidade e o fim do confinamento em massa. “O clima é tenso para todo mundo. Vivemos o desafio de apresentar resultados para uma crise sem precedentes tanto do ponto de vista sanitário como econômica”, disse o deputado. Por isso ele afirma que vai “atuar como bombeiro” para restabelecer a relação entre os dois e que não acredita “que esse rompimento se perpetuará”.

Caiado anunciou o rompimento em entrevista coletiva, quando fez duras críticas ao presidente Bolsonaro e afirmou que só falaria com o governo federal por meio de comunicado oficial. Depois em entrevista à GloboNews, o governador foi ainda mais direto: “É um rompimento total, definitivo. Acabou. Não pode governar de acordo com humor dele [Bolsonaro]. Senta e desautoriza todo mundo. As pessoas têm que ser tratadas de forma diferente. Pode ter convicção, mas ouça também. A decisão dele não atinge meu estado. Um cidadão que não tem respeito à comunidade acadêmica, aos dados que baseiam o combate ao novo coronavírus. Dizer que é um resfriadinho, não dá”, disse.

Questionado sobre a posição do presidente, que contraria as medidas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Vitor Hugo afirmou que as ações de combate à doença são “concomitantes”, mas que o problema é a dosagem. Ele aponta que o desafio é lidar com as medidas sanitárias e o impasse que isso vai gerar na economia. “Temos que encontrar o equilíbrio entre as medidas restritivas e preservar a economia”, disse. “A preservação da vida das pessoas, mas também a preservação dos empregos, afinal de contas são duas ondas que vamos enfrentar, que é a crise sanitária e logo após a crise econômica. De modo que, da forma que a gente lidar com a primeira, a segunda pode ser mais devastadora”.

A proposta de Jair Bolsonaro é o “isolamento vertical”, que atingiria apenas idosos e pessoas com outras doenças, que se enquadram no grupo de risco. Já o governador Ronaldo Caiado, disse que manteria seu decreto de isolamento social. O líder do governo ressaltou que o Brasil só está conseguindo enfrentar essa “crise sanitária com êxito”, porque o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta é médico e escalou com liberdade sua equipe técnica. “O presidente tem feito todas as medidas, fechou as fronteiras, que está discutindo a melhor forma de garantir o abastecimento das pessoas, para que não falte alimentos, não falte remédios”, disse. “Temos que ter equilíbrio para poder superar as medidas sanitárias que sejam realmente necessárias para proteger a vida das pessoas, e também para ter um olhar a médio e longo prazo em relação as medidas para proteger os empregos”.

Recurso Federal

O líder do Governo da Câmara revelou as ações do governo para minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, R$ 150 bilhões serão liberados em linhas de crédito adicional pela Caixa e o BNDS. A Caixa já liberou R$ 70 bi e o BNDS R$ 30 bi, “existe a previsão da Caixa liberar mais R$ 30 bi e o BNDS mais R$ 20 bi, para aumentar o fluxo de caixa das empresas e assim dar maior liquidez para o mercado”, disse.

O Banco Central, segundo Vitor Hugo, liberou R$ 200 bilhões para reduzir o recolhimento de compulsórios. Serão liberados R$ 150 bilhões para atender, especificamente, áreas como o emprego, a saúde e também para a antecipação de benefícios, como o 13° do INSS. “Vamos discutir na Câmara a inclusão dos informais, o governo tinha falado de um voucher coronavírus de R$ 200, o parlamento quer aumentar isso e vai ser discutido”, disse. “O governo também vai incluir 1,2 milhão de pessoas no programa Bolsa Família”.

Vitor Hugo ressaltou que são mais de R$ 600 bilhões mobilizados, “não vai faltar dinheiro para a gente enfrentar a crise de saúde”, mas cobrou que a Câmara dos Deputados aprove as “medidas estruturantes” propostas pelo governo. “A PEC Emergencial, a PEC dos Fundos, o Pacto federativo, a Reforma Administrativa e Reforma Tributária precisam ser aprovadas para que a gente não repasse essa conta”, disse. “O Governo Federal está fazendo todo esforço, o discurso do presidente tem que ter entendido como uma preocupação que ele tem na busca das medidas econômicas. Talvez a dosagem do remédio que nós aplicarmos agora, uma onda muito mais grave, como a crise econômica, pode ser potencializada”.

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*Em atualização