Amigos, hoje vamos falar de um ser humano que, para mim, não foi desse planeta. Imagina um cidadão que era ator, roteirista, produtor, compositor e tudo isso da melhor qualidade. O Ouvindo Cinema desta semana vai falar, em 15 minutos, de Charlie Spencer Chaplin.

O compositor Chaplin era totalmente intuitivo. Ele nunca estudou música, era mesmo um completo analfabeto em teoria musical. Mas, isso não impediu em nada seu desenvolvimento artístico. Ele criou obras que entraram para sempre na história da música no mundo.

Esse gênio do cinema tentou estudar o violino que, aliás, é o mais difícil instrumento de uma orquestra. Como sempre, foi muito severo com a qualidade. Aceitou do seu professor o conselho de que largasse o instrumento, pois não tinha o pulso certo para ser um violinista.

Mas vocês pensam que ele desistiu? De forma alguma. Resolveu partir para o violoncelo. Depois de umas dez aulas, Chaplin descobre que apesar de amar a sonoridade do instrumento, não tinha nada a ver com aquele objeto sonoro.

Mas, sua alma criativa precisava achar um meio de colocar no papel todas as melodias que chegavam a toda hora na sua cabeça. A solução foi contratar um maestro que tivesse muita paciência. Isso porque Chaplin era um maluco que cantarolava ou assobiava um monte de músicas no seu ouvido para, em seguida, escrever as partituras que seriam usadas pelas orquestras de todo mundo.

Assim, a obra genial de Charlie Chaplin pode ser ouvida e admirada por todos.

Quando se aposentou e foi morar numa mansão na Suíça, resolveu fazer música para vários de seus filmes mudos. O Ouvindo Cinema faz uma análise sobre o trabalho de pontuação em quatro filmes, começando pelo delicado “O Garoto”, que curiosamente teve a música concebida em 1972.

A seguir, falaremos sobre outro grande sucesso, “Luzes da Cidade”. Um filme querido de muitos cineastas de sucesso. A música “Luzes da Ribalta”, uma das trilhas mais famosas de Chaplin, teve os versos criados por um compositor brasileiro muito conhecido, Carlos Alberto Ferreira, conhecido como Braguinha. Ele escreveu a letra do carinhoso de Pixinguinha.

Por último, focamos no filme que levou Charlie Chaplin a deixar os Estados Unidos, “Tempos Modernos”. Por conter mensagens comunistas, o longa foi proibido em quase todo mundo.

Na trilha, toda criada por Chaplin, está uma canção que foi gravada e regravada, por diversos interpretes pelo mundo afora, essa se chamada Smille. O tema jamais será esquecido, assim como o gênio em tudo que fez, Charlie Spencer Chaplin.

Confira algumas composições de Chaplin

The Kid

Filmmusik

Luzes da Cidade

Luzes da Ribalta

Luzes da Ribalta, na voz de Maria Bethania

Smile

Confira as edições anteriores do Ouvindo Cinema

Ouvindo Cinema #31 | Sobre Henry Mancini Parte 2

Ouvindo Cinema #30 | Sobre Henry Mancini Parte 1

Ouvindo Cinema #29 | A Música e Biografia de Lalo Schifrin

Podcast Ouvindo Cinema

A série de podcasts “Ouvindo Cinema” é apresentada e produzida pelo cinéfilo, musicista, compositor e arranjador, Beto Strada. A ideia é compartilhar com o público, em um formato atual, e ampliar a percepção do público do Cinema por meio de suas trilhas sonoras e efeitos.

Os episódios serão postados sempre às quinta-feiras, às 14h, no SoundCloud, Itunes, Spotify, Dreezer, Google Podcast e Youtube. Na Rádio Sagres vai ao ar, toda quinta-feira, a partir de 14h30 e com reprises ao longo da nossa programação.