O Galo venceu o Dragão na tarde deste domingo (16), no Estádio Olímpico, por 2 a 1, com gols de Fred e Elias. Entre os jogadores do time mineiro relacionados para o duelo em Goiânia, estava Rafael Moura, mais conhecido como “He-Man” e que teve uma boa passagem pelo Goiás em 2010. Emprestado pelo Fluminense, o atacante chegou a marcar 23 gols em 41 jogos na temporada, e saiu tendo uma boa relação com a torcida alviverde. 

Após o duelo, em entrevista exclusiva ao repórter Rafael Bessa, da Rádio 730, o atacante revelou ter procurado o Goiás no início do ano passado, e se oferecido para voltar a jogar no clube em uma situação bastante favorável ao esmeraldino, já que o Galo até pagaria seu salário. Mas a direção do Verdão optou por outros atletas na época. Além disso, Rafael Moura lamentou a situação em que o Goiás se encontra e chamou a atenção dos atuais dirigentes alviverdes. 

Confira abaixo a entrevista completa: 

Como você tem visto a atual situação do Goiás na Série B do Brasileiro? 

– Tenho que puxar um pouco a orelha do seu Hailé. Sabemos da estrutura que tem o Goiás, que é o maior time do centro-oeste, mas ele precisa deixar de ser apenas isso. Ele tem muita força na região, mas precisa crescer no Brasil, como clube. O Hailé tem que investir mais, montar uma boa equipe porque é uma pena uma estrutura toda como a que o Goiás tem com CT, Serrinha, Serra Dourada e ficar tanto tempo brigando, e mal, numa tabela da Série B. É um time que deveria estar na Série A. Tomara que a direção, já que me respeita tanto e me escuta, pela idade do Hailé e por realização pessoal, acho que merecia um time melhor, mais bem classificado na tabela para honrar tudo que ele fez, tudo que a família Pinheiro fez pelo Goiás. Aproveitar enquanto ele está aqui. 

O Hailé já afirmou que fez um acordo com Deus que só vai embora depois de ver o Goiás sendo campeão brasileiro. O que você acha disso? 

– É melhor abrir mão. Falo de coração mesmo, não só a minha contratação, mas o Goiás precisa ser um clube de elite. Comparo o Goiás com o Atlético-PR que hoje tem uma equipe bem estruturada, acredito que o Goiás precisa melhorar nas contratações porque mesmo com tanta estrutura, faltam nomes, faltam peças para dar esse gostinho ao Hailé. 

Os torcedores do Goiás ainda podem sonhar com você vestindo esta camisa? 

– Agradeço o carinho do torcedor esmeraldino. Nunca podemos fechar as portas, principalmente para o Goiás onde tive uma passagem muito boa. Mas o tempo vai passando e assim dificulta cada vez mais. Mas teve um momento em que era para eu realmente ter voltado ao Goiás, e o Hailé e o Ediminho sabem disso. No início do ano passado eu precisava ser emprestado, procurei o clube e me ofereci, pela primeira vez, não foram eles que me procuraram, mas eles optaram por outros atletas. Fiquei muito chateado na época, mas o carinho pelos dois supera tudo isso, foi uma mágoa momentânea porque queria muito realizar este sonho e dar a volta por cima aqui. Acho que uma oportunidade como aquela em que o Atlético até pagaria meu salário, com as facilidades que tinham, eles deixaram escapar uma grande chance de não concretizar o negócio. Agora está cada vez mais difícil. 

Por quê você se ofereceu a voltar ao Goiás? 

– Eu precisava ser emprestado na época porque havia acabado de fazer uma cirurgia e a Libertadores é uma competição muito aguerrida e não poderia jogar. Mas fui para o Figueirense, fui muito feliz e hoje retornei ao Atlético e comemoro poder estar ajudando o Galo com meus gols.