Sem acordo sobre a redução salarial dos jogadores durante a paralisação das competições por causa do coronavírus, Atlético, Goiás e Vila Nova têm programados nesta terça – feira (31) mais uma reunião. Na proposta inicial, rejeitada pelos atletas através do Sinapego – Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás – o ponto principal era a redução dos ganhos em 50%. Para o experiente zagueiro esmeraldino, Rafael Vaz, uma questão complicada e que necessita de bom senso.

Rafael Vaz (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

“Agora é hora de ter bom senso de todas as partes. É complicada a proposta deles, porque as contas também chegam para todos. O clube deve passar por um problemas financeiros, espero que não, mas a nossa vida também segue. Tô brincando com uns amigos meus, que nossas contas, nossas dívidas também chegam e é melhor correr atrás delas com saúde do que voltar e não ficar 100% saudável. É o momento de todos pensarem com cabeça fria e chegarem num denominador comum”.

Ainda sobre a proposta, Vaz entende que os jogadores que ganham menos serão os mais afetados. Para o zagueiro, esta questão deveria ser discutida com os jogadores só depois do fim das férias que começam no dia 1º de abril.

“As férias de 20 dias é um bom senso. Acho que o jogador tem que saber que são bem vindas até pela situação. Serve pro clube se estruturar, saber em que situação vamos voltar ou se não voltarmos depois dos 20 dias, serve pro clube se organizar. A questão do pagamento é uma coisa a ser pensada, porque não afeta apenas a Série A. Envolve Séries B, C e D. Por exemplo, tem jogadores que ganham R$ 5 mil ou R$ 7 mil e se diminuírem não vão ter muito. É uma determinação que se todos aceitarem, não vai mexer apenas com os jogadores da Série A. É uma coisa a ser pensada e acho que é muito cedo pra tomar qualquer tipo de decisão. Teriam que homologar as férias de 20 dias, depois mais 20 dias pra poder conversar. Não adianta você agora querer matar uma coisa que vai prejudicar muita gente”.

Rotina

Em casa, Rafael Vaz lamenta que não pode fazer muita coisa. Pra não deixar a questão física atrapalhar para o restante da temporada, tentar realizar os exercícios passados pela comissão técnica é fundamental.

“A rotina está totalmente mudada, né. Se a gente parar pra pensar, hoje a gente não consegue fazer praticamente nada. Graças a Deus que o Lopes, nosso preparador físico, tá mandando todos os dias os trabalhos pra gente. Procuro fazer o máximo possível que dá pra fazer em casa e o restante é tirar algum proveito disso, que é ficar em casa com a família”.