O preço dos produtos seguem aumentando e depois da cesta básica e dos sucessivos aumentos dos combustíveis, a inflação influencia agora o reajuste no valor dos medicamentos. O índice de reajuste deve ser de 10,89%, segundo o Sindicato da Indústria dos Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).
Esse índice considera a inflação e o Fator Y, que calcula os custos de produção não captados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação dos preços de insumos, é o que explica o farmacêutico e consultor técnico do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, Álvaro Sousa.
Segundo o consultor técnico, esse aumento geralmente acontece todo dia 1º de abril e é calculado por uma câmara técnica da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
“Essa câmara técnica faz esse levantamento em relação aos preços. Ela leva em conta para isso a inflação do último ano e atribui junto com outros fatores, faz o levantamento desses preços para poder chegar a um valor que é repassado pros laboratórios. Então os laboratórios têm até esse valor, esse percentual, para aumentarem o preço dos medicamentos”, explica Sousa.

De acordo com Álvaro Sousa, o reajuste previsto de 10,89% para 2022 é o maior já visto nos últimos cinco anos.
“Em 2021 a gente teve um aumento de alguns medicamentos, alguns tiveram um aumento de 6,79% outros de 8,44%, outros na casa dos 10.8%. Então esse aumento ficou em até 10,8%. Vale ressaltar também que esse aumento é o limite máximo que a CMED autoriza que os laboratórios subam os medicamentos”, completa.
O consultor técnico ressaltou ainda que nem todos os laboratórios aumentam o preço dessa forma, ou seja, cada laboratório pode fazer o reajuste que acredita ser o necessário dentro da porcentagem estipulada pela CMED.
Com o aumento dos preços pelos laboratórios, o valor deve ser repassado ao consumidor pelas farmácias. Esse reajuste deve entrar em vigor já neste fim de semana.
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