O último levantamento da taxa de ocupação de leitos da rede de saúde privada em Goiás, apontou que havia 50 pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 54 pacientes internados em apartamentos de isolamentos. A informação foi confirmada pelo presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade Do Estado Goiás (AHPACEG), Haikal Helou, em entrevista à Sagres 730 nesta segunda-feira (8).
Segundo o presidente da Associação, foram reservamos 124 leitos de apartamento e 100 leitos de UTI, ou seja, quase a metade está ocupada. “O que preocupa é o comportamento é a curva acendente que estamos percebendo, então se fizer uma análise fria verá que a onda está razoável, mas se você analisar dia a dia na última semana, é preocupante”, afirmou.
Haikal detalhou que há uma preocupação com a taxa de ocupação dos leitos de UTI. “Não tem como montar um leito de CTI em questões de dias, precisa de profissionais, equipamentos e estrutura preparada, a preocupação é que vamos do vazio ao cheio em uma velocidade muito grande”.
Com isso, surge outra preocupação, de acordo com presidente da Associação ter mais paciente do que a rede é capaz de atender, com isso o número de óbitos vai aumentar. Haikal alertou para a medidas de distanciamento social entre outras regras de enfrentamento à covid-19. “As pessoas estão tomando partido como se fosse capricho de político. É uma luta inglória você querer salvar pessoas que não querem ser salvas ou que não entendem o que está acontecendo”.
A ociosidade nos hospitais privados, segundo o presidente da Ahpaceg, se refere aos atendimentos eletivos (Procedimentos que são programados, ou seja, não são considerados de urgência e emergência). “Se você analisar, o que um hospital faz são cirurgias, exames, internações para tratamento clínico, e boa parte do hospital, neste sentido, se encontra vazio. O que está cheio são as unidades de tratamento intensivo”, disse.
